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Quando uma mãe está à beira da exaustão!

São as mães que, com sabedoria e sensibilidade, fazem o mundo andar para a frente e é à custa das mães que, de geração em geração, temos vindo a aperfeiçoar-nos enquanto pessoas e enquanto Humanidade.


No fundo, as mães são uma espécie de ‘todo-o-terreno’ que estão sempre na linha da frente e que dão uma mão nos trabalhos da escola, uma mão nos desportos e atividades, uma mão no banho e ainda outra no jantar e na casa. E estas mães ‘todo-o-terreno’ são vista como a normalidade das mães e, por pressões da sociedade, da família e de si próprias, as mães continuam a ser um ‘todo-o-terreno' na busca de uma ideia de maternidade perfeita, em que não há lugar à falha.


E é à custa desta ideia de maternidade perfeita, que ‘as mães se perdem’. Perdem-se porque não conseguem colocar limites aquilo que efetivamente são capazes ou não de suportar e de fazer, perdem-se porque não guardam tempo para si, para os amigos, para namorar.

E, com toda esta carga que as mães têm sobre si próprias, muitas estão à beira de uma verdadeira exaustão. Vemos esta exaustão das mães nas mais pequenas coisas, quando, por exemplo, aproveitam uma ida à casa de banho para descansar, quando o único lugar em que se sentem mais tranquilas é no trabalho, e isto acontece mais vezes e com mais mães do que todos desejaríamos. Estes comportamentos são reflexo de mães esgotadas e, a par do esgotamento, vem com as mães o sentimento de culpa. No fundo, nestas circunstâncias, por muito que façam, no limite, sentem sempre que podiam estar a fazer melhor e que estão a falhar.

Isto preocupa-nos pelas mães que, antes de o serem são mulheres, são pessoas e merecem viver todos os seus lados em plenitude e, preocupa-nos pelas crianças, que quer queiramos quer não, com uma mãe à beira da exaustão nunca serão tão felizes e tão completas como poderiam ser.

Para invertermos tudo isto, em primeiro lugar é essencial, que a sociedade deixe de exigir às mães que continuem a ser um ‘todo-o-terreno’, que permita mães autênticas e que se respeitem em todas as suas potencialidades e fragilidades. Em segundo lugar, é essencial trazer mais pais para a relação, é verdade que já demos passos largos nessa matéria, que cada vez os pais estão mais presentes, mas ainda não estão ao nível que todas crianças merecem, alguns ainda fogem de mudar a fralda ou, na pior das hipóteses, só fazem aquilo que as mães os mandam, tornando-se assim uma espécie de auxiliar da mãe, sem iniciativa e sem responsabilidade própria. Em terceiro lugar, as mães tem que deixar fluir de forma mais serena, tem que se permitir a falhar ou pelo menos permitir-se a não estarem sempre presentes em todas as frentes.

Queremos que as mães continuem a ser a pedra basilar da Humanidade, que continuem a impulsionar as crianças para o melhor de si, mas a par disso, também queremos que sejam felizes, realizadas e que não estejam permanentemente à beira da exaustão.


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