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Conseguimos ir do amor a uma relação amorosa de forma simples?

Quase todos nós procuramos o amor e, por norma, mais tarde ou mais cedo acabamos por o encontrar. É verdade que as relações amorosas e o amor são desafiantes, obrigam-nos a olhar para dentro de nós, ao mesmo tempo, que nos obrigam a olhar para fora de nós e a sintonizar dois mundos - e, às vezes, até mais que dois mundos, sintonizando famílias, rotinas e sonhos.


Mas, mais vezes do que todos desejaríamos, encontramos o amor e parecemos não conseguir transformá-lo numa relação amorosa equilibrada. Em parte, porque teimamos em encarar as relações amorosas com demasiada leveza e somos levados a acreditar que uma relação amorosa é simples e desenrola-se quase por magia.


E isto acontece porque confundimos demasiadas vezes a leveza de nos apaixonarmos com as exigências que uma relação amorosa implica.


E, se por um lado, é verdade que a paixão é magia, que nos faz viajar até ao melhor de nós próprios e nos faz acreditar que tudo flui sem grande esforço. Por outro lado, uma relação amorosa exige sempre que sejamos capazes de trabalhar por ela, exige sempre que enfrentemos fantasmas internos - que invariavelmente temos - e que sejamos capazes de abrir caminho à expressão e libertação dos fantasmas da pessoa com quem estamos em relação.


Assim, não é verdade que uma relação amorosa equilibrada se consiga de forma simples, como quase todos nos querem fazer acreditar. E, é sempre que acreditamos que é desta forma que uma relação amorosa se dá que, às primeiras turbulências de uma relação, tendemos a desistir dela.


Por muito que estejamos numa relação amorosa com a paixão da nossa vida, essa relação só se torna estável a longo prazo se no espaço de relação houver espaço à individualidade de cada um, às exigências de cada um, mas também espaço à tolerância e ao conflito - desde que em cada conflito seja capaz de residir um espaço de amor e compreensão, porque afinal aquilo que todos esperamos de um grande amor é que no limite seja capaz de nos compreender e intuir por dentro.


Desta forma se queremos que uma relação amorosa o seja de verdade e continue a sê-lo ao longo do tempo, nunca nos devemos distanciar da ideia de que é verdade que o amor - e uma relação amorosa -, nos deve aquecer por dentro, nos deve fazer crescer e, principalmente, tornar-nos mais verdadeiros connosco próprios. Mas, ao mesmo tempo, também é verdade que uma relação amorosa não se constrói apenas com leveza e lados bonitos. Se tivermos tudo isto consciente, mais facilmente nos tornaremos capazes de construir uma relação com tudo o que ela exige.



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