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A Saúde Mental tem de ser uma prioridade!

Comemoramos no dia 10 de Outubro o dia mundial da Saúde Mental e, muito por conta da pandemia, todos nos apercebemos que é urgente colocar a Saúde Mental no centro das prioridades.


É verdade que nunca se ouviu falar tanto de Saúde mental como agora, é verdade que nunca se aceitou com tanta facilidade ir ao Psicólogo como agora. Mas, também é verdade que ainda não olhamos de forma clara, honesta e livre de preconceitos para a Saúde Mental.


Assim, continuamos - vezes demais! - a acreditar que ter Saúde Mental é estar bem o tempo todo, que ter Saúde Mental é sermos sempre positivos. E este é um dos principais handicaps à nossa Saúde Mental. Porque ter Saúde Mental é, em primeiro lugar, ouvirmos e respeitarmos as nossas emoções. No fundo, alguém com Saúde Mental é alguém que consegue estar triste, que se permite a chorar, que se permite a zangar e a sentir raiva e que, quando existe bem-estar, se permite a estar alegre e solto.


Por isso, sempre que estamos tristes ou alguém está triste à nossa volta, e ao invés de respeitarmos a tristeza da pessoa avançamos com “tens de ser positivo”, “tens de te distrair e não pensar nisso”, não só não contribuímos para que a pessoa fique alegre, como fazemos o oposto daquilo que a Saúde Mental exige, forçamos a pessoa a sair do estado que, naquele momento, o corpo lhe está a pedir para que consiga reequilibrar-se.


O grande problema é que na nossa cultura continuamos a associar a tristeza, o medo ou a raiva à vulnerabilidade e à ideia de fraqueza. É, por isso, de extrema importância mostrar que nenhum desses estados implica falta de Saúde Mental e, pelo contrário, sempre que damos a esses estados significado e somos capazes de os gerir criamos condições propícias à nossa Saúde Mental.


Desta forma, nunca nos esqueçamos que a Saúde Mental exige sempre que sejamos agentes ativos da nossa própria vida e que consigamos com segurança em nós próprios respeitar os vários estados emocionais pelos quais vamos passando. Sendo que a condição humana implica que temos um sem fim de emoções e, assim sendo, permitimo-nos experienciar as nossas emoções é respeitarmos a nossa condição humana e abrirmos espaço à Saúde Mental.


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