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É saudável proteger em excesso uma criança?

Quando nasce uma criança queremos sempre o melhor para ela, queremos sempre que cresça feliz, tranquila e principalmente protegida de todos os perigos. No entanto, com todo o amor do mundo, muitas vezes, esquecemo-nos que, na ânsia de proteger uma criança, um dos grandes perigos que a criança corre, é viver num contexto hiper-protegido que não só não a ajuda, como pode contaminar todo o seu desenvolvimento e bem-estar.


Assim, uma criança que está permanentemente a ser protegida, que todo o caminho que trilha é primeiro analisado escrupulosamente pelos pais, acaba por não ter experiências essenciais que promovem o seu desenvolvimento. Uma criança hiperprotegida corre, assim, alguns riscos, dos quais destacamos:


  • Dificuldades de autonomia - estas crianças têm pouca experiência a resolver os seus problemas ou imprevistos do dia a dia, tornando-se pouco autónomas nas exigências diárias (sociais, pessoais e escolares) e tendo tendência a bloquear quando algo inesperado acontece.


  • Dificuldade em gerir a frustração - porque regra geral têm todas as suas necessidades satisfeitas num curto espaço de tempo e de forma simples, torna-se difícil para estas crianças aprender a gerir a frustração perante as contrariedades.


  • Insegurança - como os adultos à sua volta têm por hábito auxiliar estas crianças em todas as tarefas é comum que estas crianças fiquem com a ideia subliminar de que não fazem nada bem feito e que sozinhos não são capazes. Esta dinâmica exponencia o medo de falhar e a insegurança interna destas crianças o que, inevitavelmente, acaba por contaminar todos os desafios do seu dia a dia.


Perante tudo isto, é essencial termos presente que todas as crianças - sem exceção - precisam que os pais cuidem delas, que as protejam e que garantam o seu bem-estar e segurança. Apesar desta necessidade de todas as crianças, um dos maiores desafios dos pais é, à medida que uma criança cresce, serem capazes de ir abrindo espaço à criança, reduzindo os níveis de proteção e, ao mesmo tempo, permitirem que a criança experimente vários papéis, que erre, que frustre e que encontre estratégias para lidar com esses erros e frustrações de forma autónoma, permitindo-se assim a crescer e a desenvolver-se de forma completa.



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