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Emoções? Será que são mesmo importantes?

Somos sempre, sem pausas ou intervalos, dominados por emoções e sentimentos dos mais variados, que não sendo a mesma coisa, estão intimamente ligados. Desde da barriga da mãe que somos continuamente alvo de um sem fim de emoções, a componente emocional é tão forte e importante para o desenvolvimento como a cognitiva. É inequívoco que todos os bebés sentem emoções, que todas as crianças vivem emoções, na escola um dia têm medo do teste, outro dia têm raiva do amigo que não o convidou para a festa de aniversário.


Desde criança muitos de nós, fomos crescendo com a ideia que expressar o que sentimos e quando sentimos não é permitindo, quase como se se tratasse de um tema tabu. Fomos educados, sem que fosse estimulada a nossa componente emocional, e em que aquilo que sentíamos não pertencia à mesa do jantar, mas sim quando existia um grande drama lá em casa, e nós somos de evitar grandes dramas, então aquilo que sentíamos foi ficando debaixo do tapete. Assim, fomos crescendo e começamos a conter as nossas emoções, começamos a acreditar que não podemos sentir raiva, ou que não podemos estar tristes. Por exemplo, parecemos incapazes de deixar que alguém se sinta triste à nossa volta, há sempre um “não chores”. Esta repressão das emoções negativas, não é saudável e, muitas vezes, torna-nos numa espécie de bomba relógio.


Não expressar aquilo que sentimos, traz sempre alguma agitação interna, não somos capazes de dizer Não quando não queremos fazer alguma coisa, porque escondemos o que sentimos em relação a essa situação. Importamo-nos com aquilo que os outros dizem e pensam quando, se estivermos em equilíbrio e com as nossas emoções em dia, isso nem sequer seria um problema. Zangamo-nos com o Mundo, nem que seja com aquele café que tarda em chegar e nós achamos que o Mundo vai acabar, e isso não é verdade, o nosso Mundo é que está em bomba relógio e pode explodir a qualquer momento. Equilibrar as nossas emoções não é só fundamental, é essencial a uma maior tranquilidade interna, se eu me sinto bem comigo mesmo, não atribuo tanta importância ao que me rodeia.


Até porque não existem emoções boas nem más, porque não existe nem o bom nem mau, a tristeza uma emoção que muitos consideram má, por ser fundamental quando nós estamos mais em baixo em alguma fase da nossa vida, e gerar ideias criativas que nos permitam ser melhores num futuro próximo. E se eu estiver com raiva é mau? Não, claro que não. A raiva é uma enorme fonte de energia que pode ser o motor para alcançar muitos dos objetivos que tinham ficado na gaveta, por exemplo, quando alguém nos diz que não vamos conseguir ser capazes, e nós vamos mostrar exatamente o contrário.


O primeiro passo para desenvolvermo-nos emocionalmente, é conhecermo-nos a nós próprios, só quando nos conhecemos profundamente, conseguimos identificar e expressar, em tempo real, as nossas emoções e nos tornamos aptos a geri-las. Pois, se formos capazes de as identificar, mas não nos colocarmos ao comando destas, essa identificação não se torna útil. Acresce, que é fundamental desenvolvermos automotivação, isto é, sermos capazes de usar as emoções e mobilizar os nossos recursos, de forma a, atingir os nossos objectivos. Tudo isto, quando consolidado, leva-nos à capacidade de reconhecer as emoções também nos outros, o que promove a optimização de relacionamentos interpessoais, de perceber o que se passa ao nosso redor e desenvolver a empatia.


Para alcançarmos sucesso pessoal e profissional é imprescindível que sejamos capazes de estar ao comando das nossas próprias emoções, usando-as para atingir melhores resultados e para fazer escolhas mais acertadas.



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