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Dos fatores psicológicos, às doenças cardíacas!

A doença cardiovascular é a principal causa de morte e incapacidade no mundo e, segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que em 2030, aproximadamente, 23.6 milhões de pessoas no mundo vão morrer de doenças cardiovasculares. Sendo por isso, essencial olharmos para as doenças cardíacas de forma ampla e analisarmos todos os factores que podem contribuir para o seu desenvolvimento e exponenciação.


E, nesta análise minuciosa, não podemos deixar de ter em consideração a influência das emoções e da nossa Saúde Mental, uma vez que as doenças cardíacas são particularmente sensíveis ao equilíbrio dos fatores psicológicos.


Desta forma, são vários os fatores psicológicos que podem influenciar a evolução das doenças cardíacas, podemos destacar a depressão, a inibição social e a afetividade negativa. Ficando claro que, por exemplo, a depressão e os sintomas depressivos são altamente preditores de um mau prognóstico das doenças cardíacas, sendo de relevo que estão presentes numa parte significativa dos doentes cardíacos, exercendo desta forma uma influência negativa sobre o curso e o resultado de qualquer doença cardíaca


Esta associação positiva entre depressão e doenças cardíacas permanece após o controlo de outros fatores de risco tradicionais e tem sido consistentemente encontrada entre pessoas inicialmente saudáveis, bem como entre pessoas que sofrem, por exemplo, enfarte do miocárdio.


Assim, os fatores depressivos, quando associados à insuficiência cardíaca, por exemplo, constituem um fator preditivo independente de maior risco de acontecimentos clínicos adversos, de mortalidade, de declínio funcional e de maior número de re-internamentos.


Para além de ser claro que o sofrimento emocional é altamente prevalente em pacientes com doenças cardíacas. Os doentes deprimidos são, tendencialmente, mais suscetíveis ao não cumprimento do projeto terapêutico, tanto no que diz respeito à medicação como à modificação de estilos de vida, estabelecendo-se assim uma interação entre a depressão clínica e uma evolução menos favorável da doença cardíaca. Sendo este um ponto essencial, na medida em que os sintomas depressivos, levam assim a menores estratégias de autocuidado.


Por tudo isto, é essencial que no delinear das intervenções em situação de doença cardíaca, haja espaço à Saúde Mental, só assim, seremos capazes de, com mais eficiência, promover a saúde e o bem-estar global, estabilizando, por consequência, as doenças cardíacas.

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