A autocrítica pode estar a impactar a sua saúde mental!

Procuramos muitas vezes uma perfeição difícil de alcançar, quer para as nossas relações, para a nossa performance profissional ou até social. 

Na sequência de procurarmos uma perfeição incessantemente, gera-se com frequência um desconforto emocional e frustração por não se conseguir essa tão almejada perfeição, por norma este desconforto emocional e frustração vêm acompanhados de uma dose significativa e regular de autocrítica. 

Se por um lado a capacidade de termos autocrítica nos traz consciência de tudo aquilo que somos e conseguimos, ajudando-nos a melhorar a nossa performance, por outro lado se esta autocrítica não for equilibrada por doses de autocompaixão, torna-se nociva para o nosso bem-estar e para a nossa saúde mental.  

No fundo, é essencial termos consciência que quando a autocrítica surge de forma massiva e frequente ao invés de nos potenciar, acaba por ter um efeito bloqueador e por nos gerar a sensação interna de que façamos aquilo que fizermos parecemos nunca o fazer bem feito, ou pelo menos não ao nível que desejaríamos, aumentado assim a nossa insegurança e diminuindo a nossa capacidade de ação espontânea e intuitiva. 

Sendo que este cenário é frequente, para o inverter é essencial aceitar as nossas fragilidades, mediar expectativas perante os desafios, mas principalmente desenvolver a autocompaixão.

A autocompaixão pode assim funcionar como um antídoto para os efeitos colaterais do excesso de autocrítica. Ter autocompaixão implica sermos capazes de, em momentos difíceis, sermos bondosos, pacientes e compreensivos connosco próprios. 

No fundo, implica que perante as dificuldades ou a tomada de consciência de que não fomos perfeitos ou de que falhamos, ao invés de apenas exercermos autocrítica e sermos punitivos connosco próprios, sermos capazes de aceitar as nossas falhas, acolher o nosso sofrimento e, a partir daí encontrar estratégias para uma evolução no futuro. 

Ao contrário da autocrítica, a autocompaixão garante uma proteção da nossa saúde mental e do nosso bem-estar emocional. Se conseguirmos equilibrar os nossos níveis de autocrítica, a nossa saúde mental ficará a ganhar.

#escoladosentir