Tudo aquilo que somos começa na nossa família e nas experiências que vamos tendo ao longo da nossa infância. A verdade é que, para sermos felizes e para nos desenvolvermos de forma adequada, precisamos de ter um contexto familiar promotor do nosso desenvolvimento.
Ou seja, precisamos de amor, de segurança e de estimulação. E uma ótima ferramenta para estimular e alavancar o desenvolvimento de uma criança é o brincar. Através do brincar os pais têm a possibilidade quase mágica de, não só chegar ao coração de um filho, como de promover grande partes das competências essenciais ao desenvolvimento de uma criança.
Brincar assume um papel fundamental na família, porque enquanto os pais brincam com uma criança estabelecem uma ponte de cumplicidade que permite à criança sentir-se acolhida e segura na relação com os pais, fazendo com que se torne também mais fácil comunicar com os pais as suas necessidades e as suas emoções. Mas, afinal como é que os pais podem criar momentos em família promotores desta cumplicidade e do desenvolvimento de uma crianças? A imaginação do pais é fundamental, mas há três tipos de brincadeiras que são essenciais e que os pais podem ter com as crianças, que passam por:
Jogos de regras - jogos como o quatro em linha, o uno ou o mikado, por exemplo, facilitam a adaptação às regras sociais de uma criança, promovem o desenvolvimento da tolerância à frustração e, para além disso, são uma óptima ferramenta para, de forma divertida, treinar a concentração, a flexibilidade mental e o raciocínio prático.
Atividades sensoriais - brincar com plasticinas, pintar com as mãos, manusear diversas texturas, permite à criança desenvolver a criatividade e sentir o mundo. E, enquanto, uma criança faz este tipo de brincadeiras mais sensoriais, torna-se mais permeável a conversar acerca de si própria e das suas emoções.
Brincar livremente - seja com legos, com bonecas, ou até com paus que apanhe no jardim, é essencial que pais e filhos tenham espaço para brincar, imaginar e criar. As brincadeiras podem ser guiadas por um adulto, mas devem ser pouco estruturadas. As atividades menos estruturadas permitem à criança aprender a reagir mais facilmente perante o inesperado e a necessidade de resolução de problemas e facilitam a capacidade de aceder ao imaginário.
No fundo, aquilo que é essencial é que as famílias consigam, à sua maneira, encontrar espaços positivos de relação que promovam a união familiar e o sentimento de pertença a uma criança e que, ao mesmo tempo, potencializam todo o seu desenvolvimento. Nunca se esquecendo que, pelo brincar, mais facilmente criamos este espaço de forma divertida para toda a família.
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