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291 itens encontrados para ""

  • 3 fatores essenciais para escolher atividades extracurriculares

    Com a chegada de um novo ano letivo, são muitas as dúvidas sobre qual a melhor forma de ocupar o tempo livre e o dia a dia das crianças. A verdade é que as atividades extracurriculares são uma ótima forma de desenvolver as competências das crianças e de lhes proporcionar momentos agradáveis e felizes. Ainda assim, há alguns factores essenciais a ter em consideração na hora da escolha das atividades e da organização de um novo ano letivo, são eles: 1 - Escolher atividades que a criança gosta - a escolha das atividades deve refletir as áreas que a criança mais gosta e não as áreas que os pais mais gostam. Só se a criança gostar e estiver envolvida emocionalmente na atividade que está a realizar, esta pode ter efeitos positivos no seu desenvolvimento e no seu crescimento. 2 - Escolher uma atividade que promova o desenvolvimento específico de algumas competências da criança - dentro do leque de atividades que a criança gosta, podemos ajudá-la a pensar e direcioná-la para atividades que promovam áreas essenciais do seu desenvolvimento. Por exemplo, atividades desportivas para crianças que precisa de ganhar destreza física e desenvolver a sua motricidade, atividades artísticas para crianças que precisam de desenvolver a capacidade de imaginar e de criar, ou desporto de equipa para crianças que precisam de desenvolver a sua capacidade de socialização ou a trabalhar a gestão da sua agressividade. 3 - Garantir tempo livre - na organização do ano letivo e da agenda das crianças, é absolutamente essencial não nos esquecermos que as crianças precisam de tempo livre. Ou seja, é preferível uma atividade em que a criança invista e da qual retire retorno positivo efetivo, do que um sem fim de atividades que acabam por a deixar excessivamente cansada e permanentemente atarefada. O tempo livre permite que a criança tenha espaço para brincar, para estudar, para estar em família de forma livre e pouco estruturada o que, por si só, é absolutamente essencial para todas as crianças. No fundo, cada atividade extracurricular tem o poder de desenvolver determinadas competências que podem ser essenciais a uma criança e podemos escolher a atividade com base nessas necessidades, no entanto, esse efeito positivo só acontecerá se a criança gostar da atividade e permanecer envolvida emocionalmente com a atividade. Por isso, este ano letivo organize o planeamento das atividades do seu filho garantindo o tempo livre e pouco estruturado na sua agenda e uma atividade que concilie o gostar com o desenvolvimento de competências. #escoladosentir

  • Existe culpa na parentalidade?

    A parentalidade é, desde cedo, vendida como mágica, como ‘o melhor do mundo’ e o destino de ‘quase todos nós’. E sim, a parentalidade tem muitos lados floridos, leves e positivos. Mas não, nunca será apenas isso, nem nunca devemos ser Pais, porque é o caminho que todos nos indicam. É, nesta ratoeira entre o ‘deves ser Pai’ e todos os seus lados cor-de-rosa, que, logo desde o período de gravidez muitos Pais se vêem presos numa encruzilhada, numa encruzilhada de questões e principalmente de culpabilidade. E, se as questões fazem os Pais repensarem e crescerem enquanto Pais, o mesmo não se pode dizer da culpabilidade. A culpabilidade deixa os pais presos aos seus medos, estagnados na sua capacidade de se reinventarem e, regra geral, a deslizarem em diversas tentativas de fazer diferente. É, por isso, muito importante que, em primeiro lugar sejamos mais realistas quando falamos da parentalidade e de tudo aquilo que ela implica, porque implica um grande jogo de cintura para conciliar tudo aquilo que se é, com uma criança e - se todos formos mais realistas - as expectativas estão mais equilibradas e, naturalmente, tudo fluirá de melhor forma. Em segundo lugar, é essencial que deixemos de acreditar que há fórmulas certas e mágicas para todas as crianças e para todos os Pais. É nessas fórmulas mágicas que os Pais esbarram com a culpa, seja porque a criança usa chupeta, seja porque começa a andar mais tarde que o pré-estabelecido, por exemplo. É essencial que todos tenhamos presente que, apesar de haver indicadores base essenciais a todas as crianças, nem todas terão o mesmo ritmo, nem todos os Pais precisam - e conseguem - fazer da mesma forma. Cada criança tem o seu próprio ritmo, cada criança tem as suas próprias necessidades e, cada Pai à sua maneira, tem uma forma de ser e de estar enquanto Pai. Essa é uma das magias da parentalidade, serem todos diferentes, desde que autênticos e com a consciência de que estão a dar o melhor de si e a correponder quer às necessidades da criança, quer às suas próprias necessidades enquanto Pais. E nesta dança da parentalidade, nem sempre será fácil atingir a sintonia, por vezes, é necessário levantar questões, pensar ativamente no que pode ser feito diferente e até pedir ajuda. Mas, nesta dança há um elemento que acabará sempre por contaminar e por ser prejudicial, a culpa! É por isso, essencial que cada Pai procure ativamente libertar-se dela, para, a partir daí, viver a parentalidade em pleno e sendo cada vez melhor Pai. #escoladosentir

  • 3 estratégias para sobreviver a um desgosto de amor!

    O amor é talvez a principal alavanca de vida para o Ser Humano, se pensarmos bem é o amor que nos faz agir, que nos faz fazer grandes mudanças e que, no limite, nos prende à vida. E quando assim é, não há como ser imune à dor e ao sofrimento, são as coisas mais importantes da vida, que mais nos fazem sofrer precisamente por toda a importância que têm. Assim, todos sabemos que são os desgosto de amor que - regra geral - mais nos derrubam e que mais impacto têm dentro de nós. Não há desgostos de amor que surjam de surpresa, há sempre sinais que nos vão abrindo a porta para eles, no entanto, porque doem tanto preferimos não os ver, preferimos deixar a porta bem fechada. E quando de repente explode, confrontamo-nos com a nossa fragilidade e com a perda, sendo certo que as perdas em vida são dolorosas, porque implicam a perda de alguém que existe e que escolhe estar distante. Dessa forma é muito claro que os desgostos de amor, ganham proporções que contaminam o dia a dia e o bem-estar. Para sobreviver a eles é essencial, começar por: 1- Permitir-se a vivenciar a perda - vivenciar toda a dor inerente à perda e expressá-la é absolutamente fundamental, por muito doloroso que seja, é esse passo que, posteriormente, permite a libertação da dor e seguir em frente. Se optarmos por fingir que nada está a acontecer e não vivenciarmos a perda, isso gerará consequências a longo prazo quer para as novas relações, quer para o nosso bem-estar emocional. 2 - Cultivar o amor próprio - encontrar dentro de nós pontos positivos, áreas em que nos auto valorizamos e em que nos sentimos fortes e trazê-las à consciência. Este movimento não anula - nem deve anular a dor - apenas permite gerar uma alavanca de coragem para a enfrentar e a ultrapassar. 3 - Garantir uma rede de suporte - garantir que não se está sozinho é essencial. O luto implica momentos a sós, momentos de isolamento essenciais para a reorganização interna. No entanto, a par com esses momentos, é essencial que se criem bolhas de oxigénio, em que se tem suporte de amigos e de familiares. Esse suporte é fundamental para nos sentirmos habitados por dentro e, por isso mesmo, capazes de enfrentar a adversidade. Para além disso, lembremo-nos que quer queiramos, quer não, todos os amores e todas as relações são para sempre, é impossível que assim não seja. Por muito que nos esforcemos para apagar, todas as vivências - boas ou más - ficam registadas no nosso interior e acabarão por, de uma forma ou de outra, nos acompanhar para sempre e, eventualmente, moldar as relações futuras. Por isso, é tão importante vivenciar as perdas com toda a carga emocional que lhes são exigidas, libertando-nos dos lados menos bons. #escoladosentir

  • 5 estratégias para um regresso às aulas com tranquilidade!

    O regresso às aulas é sempre uma fase cheia de emoções, cheia de experiências, mas também cheia de receios e dúvidas. A verdade é que é um novo ano e uma nova fase de adaptação não só para as crianças, mas também para os Pais e para as famílias, que em cada novo ano letivo precisam de redescobrir as suas necessidades e fazer frente às novas exigências que chegam. Por isso, o ano letivo deve ser encarado com a leveza, estrutura e a confiança de que precisa para que a aprendizagem se dê. Assim, para que este novo ano lectivo seja positivo para todos comece por: 1 - Definir objetivos e ajustar expectativas - em fase de início de ano letivo é essencial definir objetivos com a criança, seja para os conteúdos escolares propriamente ditos, seja para atividades extracurriculares que existam. Definir objetivos e pequenas metas ajuda as crianças a orientarem-se durante o ano e ajuda os Pais a, em tempo real, auxiliar a criança caso as metas e os objetivos não estejam a ser atingidos. Nesta definição, é muito importante ajustar as expectativas e escolher objetivos que sejam atingíveis pelas crianças, ou seja, dois filhos diferentes podem ter objetivos de notas diferentes a cada disciplina, consoante as suas competências e as suas fragilidades. 2 - Ouvir as necessidades das crianças - antes de se dar o primeiro dia de aulas, converse com as crianças acerca das suas necessidades, do que precisam para um rendimento positivo e para que a escola seja um lugar feliz e de aprendizagem. Ao ouvir as necessidades das crianças, pode encontrar com elas algumas soluções e algumas estratégias para que essas necessidades sejam preenchidas. 3 - Dedicar-se à relação com os filhos - é fácil durante o decorrer do ano letivo, ficarmos perdidos em tarefas escolares e questões logísticas, lembremo-nos que a escola é muito importante, mas mais importante ainda é a família e a relação da criança com os Pais. Por isso, durante todo o ano letivo dedique-se à relação com a criança e dê-lhe tempo de qualidade. Sendo certo que o bem-estar em casa é um grande impulsionador do sucesso escolar de uma criança. 4 - Manter rotinas e regras definidas - definam as tarefas de cada um em casa para a nova fase que começa e definam as regras de forma clara. A rotina e as regras definidas e claras introduzem estrutura aos dias e previsibilidade. Para as crianças esta estrutura e previsibilidade ajuda a que se sintam mais seguras e confiantes, o que é imprescindível para o sucesso escolar. 5 - Celebrar as conquistas - ao longo de todo o ano letivo não se esqueça de celebrar as pequenas metas que são atingidas e de reconhecer o esforço das crianças. Este reconhecimento deve ser feito, de forma espontânea, sem que a criança esteja à espera e deve ser relacional. No fundo, a premissa não deve ser “se tiveres 4 a matemática, ganhas um jogo”. Mas sim, quando a criança atinge esse 4, e sem que esteja à espera, surpreendê-la com o seu jantar favorito ou com um passeio que ela goste, sendo importante que fique claro para a criança que esse jantar, ou passeio, está a acontecer porque os Pais estão felizes com os seus resultados. Um novo ano letivo é sempre uma boa fase para começarmos de novo e para fazermos diferente, por isso, que este ano letivo seja um ano em que a magia pode acontecer, que exista espaço para a aprendizagem, para o crescimento de todas as crianças e todas as famílias. #escoladosentir

  • Pode a ansiedade ser resolvida de forma simples?

    Hoje, mais do que nunca, falamos de ansiedade e sabemos que os números de pessoas que sofrem de ansiedade são elevadíssimos. Por isso, a ansiedade é cada vez mais uma questão da ordem do dia e é necessário dar-lhe a atenção que ela merece em prol da saúde mental de todos nós. No entanto, se repararmos bem, falamos muito de ansiedade, mas falamos muito pouco do que ela significa de verdade e de como podemos reduzi-la à mínima a longo prazo. Em vez disso, espalham-se informações que colocam a ansiedade num patamar de simples resolução, em que por exemplo, com uma simples mudança de temperatura, com uma meditação ou com aprender a controlar a respiração, conseguimos resolver como por milagre a nossa ansiedade. A verdade é que todas essas estratégias podem ser úteis, se forem acompanhadas de um processo de transformação interno e tomada de consciência. À parte isso, todas elas por si só, são meramente paliativas e, por vezes, até podem empolar a ansiedade e todo o sofrimento inerente a ela. A ansiedade precisa de ser encarada como ela realmente é, um fenómeno bastante complexo, cheio de interrelações e, como tal, não se pode resolver de forma simples e básica. E é aqui que é importante que todos nos concentremos e deixemos de passar a mensagem que a ansiedade vai resolver-se de forma milagrosa se soubermos, por exemplo, respirar fundo. Precisamos tomar consciência que isso apenas ajudará na sua eventual gestão, e não tende a solucioná-la. A ansiedade pode ser ultrapassada mas, para isso, precisa de ser olhada de frente, precisa de um processo de tomada de consciência - regra geral acompanhado de um profissional - precisa que, se descubra o medo por detrás da ansiedade e tudo aquilo que resulta neste estado de alerta permanente, nesta sensação de insegurança, de desconforto e de mal-estar. Só quando olharmos para a ansiedade com toda a complexidade que ela é, podemos desejar resolvê-la. Neste processo, lembremo-nos que a resolução da ansiedade terá sempre de começar de dentro para fora, isto é, primeiro olhando para ela, olhando para dentro de nós, encarando e desconstruindo todos os medos e crenças por detrás da ansiedade e, só depois, as estratégias externas podem ser utilizadas como pequenas alavancas para nos ajudar a tranquilizar durante o processo de transformação interna. #escoladosentir

  • Porque é que fazer pausa dos filhos é essencial?

    Todos os Pais querem muito ser bons Pais, querem ser para os filhos tudo aquilo que eles precisam, querem ser um forte de segurança e uma alavanca para os sonhos e para o futuro. No entanto, muitas vezes, na ânsia de se querer ser bom pai ou mãe, é demasiado fácil um pai ou uma mãe esquecerem-se de si próprios, de cuidar do seu interior, das suas relações, ao mesmo tempo que cuidam dos seus filhos. Quando um pai ou uma mãe se esquece de cultivar mais do que a parentalidade, acaba por ficar aquém desse bom Pai que tanto anseia ser, porque no limite, não está pleno de si próprio em todas as suas áreas de vida. A verdade é que a partir do momento em que alguém se torna pai ou mãe, é natural os filhos passarem a ser o centro do seu mundo, a prioridade e um ponto absolutamente essencial em cada escolha e em cada tomada de decisão. A grande questão é que, a par com isto, existe também uma grande culpabilidade e um grande medo de se poder estar a falhar, se poder estar longe do pai ou mãe que uma criança precisa. É neste espaço entre o desejo de se ser bom Pai, a culpabilidade e o medo, que os Pais se vão sempre colocando para segundo plano e deixando de investir em si próprios, que se geram Pais demasiado cansados, demasiado pressionados pelo certo e pelo errado. Nestas circunstâncias, um pai ou uma mãe fica menos sintonizado com um filho, menos afetuoso e mais preso à logística inerente às exigências da parentalidade do que livre para ser um Pai à sua própria medida. Por isso, é importante que todos tomem consciência que um pai ou mãe antes de o ser, é uma pessoa que precisa de cuidar de si, de cultivar as suas relações e os seus interesses. Sendo absolutamente certo que um Pai será tão melhor Pai, quanto mais conseguir conciliar a parentalidade, com as suas relações, com o seu trabalho e com o seu dia a dia, cumprindo-se enquanto pessoa e não apenas enquanto pai ou mãe. É por isso fundamental que os Pais, sempre que têm condições para isso, não tenham medo de tirar intervalos e de cuidar de si próprios para, depois, com energias recarregadas cuidar dos seus filhos em plenitude. #escoladosentir

  • O que esconde a desobediência do teu filho?

    As crianças estão a descobrir-se a si próprias, às relações e ao mundo, tudo isso é uma tarefa desafiante e, como não podia deixar de ser, por vezes, implica desobediência, frustração e mal-estar. Se esta desobediência for pontual e balizada por períodos frequentes de equilíbrio, estamos perante aquilo que é expectável no crescimento de uma criança. No entanto, muitas vezes, a desobediência acaba por escalar e passar a ser o modo de estar principal de uma criança, seja porque não cumpre com as suas tarefas, seja porque se torna insolente, violenta, ou simplesmente, porque está sempre do contra. Quando este é o modo de estar mais frequente da criança devemos estar atentos, porque estamos perante uma criança que está a pedir ajuda, que emocionalmente não encontra o equilíbrio de que precisa para todas as exigências de ser criança e do seu desenvolvimento. Nestas circunstâncias, nunca nos devemos esquecer que uma criança desobediente esconde dentro de si dificuldade em lidar com as suas emoções - dificuldade em identificar, em expressar ou em gerir o que sente - e, por norma, esta dificuldade surge de braço dado com uma grande insegurança interna e com uma grande dificuldade em gerir a sua agressividade. As crianças desafiam os Pais como forma de lhes pedirem ajuda. Não nos podemos esquecer que, muitas vezes, as crianças não têm maturidade verbal, cognitiva e emocional para se expressarem e, por isso, expressam-se através das suas ações. Ao invés de expressarem as suas necessidades, agem como forma de serem ouvidas e acolhidas. De forma simples, as crianças comunicam com o corpo todo e com tudo aquilo que são e fazem, uma criança desobediente é sempre uma criança que está a pedir ajuda. Por isso, perante a desobediência, é essencial responder com amor e com firmeza, se mesmo assim ela persistir, é essencial pedir ajuda. #escoladosentir

  • 5 sinais de que o seu filho está inseguro!

    Todos nós gostamos que as crianças se sintam confiantes e seguras de si próprias, pois quando uma criança está verdadeiramente segura de si, mais facilmente consegue expressar tudo aquilo que sente, definir os seus limites e ser feliz. No entanto, quando uma criança se sente insegura dificilmente será capaz de nos dizer por palavras é, por isso, muito importante estarmos sintonizados com as crianças e atentos aos sinais que nos vão enviando mesmo sem falarem. Neste sentido, alguns dos principais sinais que uma criança está insegura de si própria são: 1 - Incapacidade de tomar decisões e fazer escolhas - seja relativamente a coisas complexas, seja a coisas triviais do dia a dia, como por exemplo, não ser capaz de decidir que sabor de gelado escolher. A verdade é que para uma criança fazer escolhas e tomar decisões precisa de ter segurança de que é capaz de o fazer, sendo este um dos primeiros sinais de uma criança insegura. 2 - Incapacidade de entrar em conflito - saber definir os seus próprios limites, conseguir sempre que necessário entrar em conflito seja com pessoas mais próximas ou mais distantes, no sentido de se proteger e de se manter em equilíbrio é essencial. Se uma criança estiver insegura de si própria, será para ela difícil gerir a agressividade e sentir que tem o que precisa para entrar em conflito e sair vencedora dele, por isso, escolhe anular-se. 3 - Dizer ‘sim’ a tudo - quando uma criança está sempre receptiva a todas as interpelações do exterior, sem colocar questões, sem partilhar aquilo que sente ou pensa, fazendo-o numa ânsia de agradar excessivamente a quem está ao seu redor, transmite-nos indícios claros de pouca segurança interna. 4 - Comportamento desequilibrado - quer uma criança que está permanentemente em desobediência, quer uma criança que nunca parece ‘partir um prato’, está a enviar-nos sinais de que precisa de ajuda e de que a sua segurança interna está fragilizada. 5 - Não conseguir lidar com a frustração - quando uma criança está muito insegura de si própria terá muita dificuldade em aceitar as suas próprias fragilidades, erros ou frustrações. Isso acontece porque todas as frustrações e falhas, confrontam a criança com o seu sentimento de incapacidade e de insegurança, perante isso, saber lidar com uma frustração, por exemplo, torna-se uma tarefa difícil de alcançar. Desta forma, sempre que surgem estes sinais, é essencial procurarmos chegar ao coração da criança, tentarmos compreender tudo aquilo que ela está a sentir, olhando para os comportamentos dela e para estes sinais como um pedido de ajuda, só assim, poderemos reagir de forma adaptada ao que ela precisa e, no sentido, de a ajudar a encontrar forma para ver as suas próprias potencialidades, confiar em si própria e consolidar a sua segurança interna. #escoladosentir

  • Porque é que os avós são essenciais?

    Os avós, regra geral, trazem doçura à infância, representam segurança e proteção de uma forma tendencialmente leve e afetuosa. É, à ‘boleia’ dos avós, que muitas vezes as crianças se reinventam e se permitem ser elas próprias de uma forma mais genuína e espontânea. Por isso, na construção de tudo aquilo que uma criança é, há algumas áreas de desenvolvimento em que os avós são fundamentais e podem fazer a diferença para uma criança, das quais destacamos: 1 - Sentimento de pertença - todas as crianças precisam de sentir que pertencem a uma família, que há um ‘ninho’, que as protege e as mantém seguras independentemente das contrariedades que possam surgir. E, é muitas vezes nos avós que as crianças encontram esta certeza inabalável, uma vez que os avós ao mesmo tempo que remetem para um estado de maior segurança, permitem movimentos de maior liberdade. 2 - Construção de identidade - à medida que crescem as crianças vão-se redescobrindo, vão-se conhecendo cada vez melhor e vão consolidando a sua identidade. Neste aspeto, os avós trazem consigo muitas histórias familiares, ligam o passado ao presente junto dos netos, permitindo-lhes crescer a olhar para o futuro, com um conhecimento da sua raiz familiar. Sendo que conhecer e valorizar a sua história familiar é essencial para o desenvolvimento da identidade de uma criança. 3 - Expressão emocional - os avós, tendem a viver mais livre de medos e de preconceitos, por isso, acabam por aceitar mais facilmente tudo aquilo que os netos transmitem sem julgamentos, sem imposições e sem restrições. Aliado a isto, os avós têm tendência a dar mais colo aos netos e a compreendê-los emocionalmente, factor essencial ao desenvolvimento da capacidade das crianças expressarem as suas emoções de forma fluída e natural. Por tudo isto, os avós são fundamentais e garantem aos netos um crescimento mais saudável, mais feliz e mais autêntico. Sendo muito claro que, sempre que uma criança tem a possibilidade de partilhar o seu crescimento com os avós, tem também mais uma alavanca para o seu bem-estar e desenvolvimento. #escoladosentir

  • Sabe como pode ser feliz?

    Todos procuramos de forma afincada a felicidade, todos tentamos evitar os episódios mais dolorosos e garantir que quem está à nossa volta também não os vive. Mas, a verdade é que, apesar de todos desejarmos a felicidade, ela é absolutamente impossível de alcançar se não nos permitirmos a vivenciar a tristeza, se não nos permitirmos a expressar e a lidar com tudo aquilo que vive dentro de nós. É precisamente quando não aceitamos a tristeza dentro de nós, que nos vamos tornando aos poucos menos felizes e que vamos criando condições ao nosso adoecer emocional e, no limite, à depressão. Aquilo que acontece é que todas as nossas emoções precisam de lugar para existir, precisam que olhemos para elas, que percebamos o que nos estão a transmitir, que sejamos capazes de as expressar, de as colocar para fora de nós e, só depois disso, que sejamos capazes de as gerir. Quando todos estes passos acontecem - identificar, expressar e gerir as emoções - garantimos o nosso bom funcionamento emocional e, por consequência, a nossa saúde mental. Sempre que vivenciamos uma emoção e a reprimimos vamos contribuir para o nosso mal estar e para o empolar de quadros de adoecimento psicológico ou até mesmo físico. Esta situação ganha magnitude porque socialmente somos levados a acreditar na ideia de que apenas devemos expressar o nosso melhor lado, apenas devemos expressar as nossas alegrias. E, perante esta ideia, se temos uma raiva, contemo-la, se temos uma tristeza fingimos que está tudo bem e guardamos para dentro de nós. É aqui que a sociedade precisa urgentemente ganhar consciência e deixar cair o mito de que a felicidade é alcançada se estivermos bem o tempo todo, só quando esta ideia deixar de vigorar passaremos a, de forma fluída, deixar de exercer força de contenção a todo o nosso mundo emocional. O processo é simples e natural, se vivenciarmos alegrias e, ao mesmo tempo, nos permitirmos a vivenciar todas as outras emoções no momento certo, temos espaço para a felicidade. Se, por outro lado, bloquearmos por exemplo a tristeza, nunca teremos plenitude, logo nunca teremos espaço à felicidade e criamos condições para o sofrimento interno se exponenciar. E, aos poucos, deixa de ser uma tristeza contida e passa a ganhar contornos de sintomatologia depressiva. No fundo, que nunca nos esqueçamos que temos dentro de nós um sem fim de emoções e, sempre que tentamos bloquear umas das emoções que vivenciamos, não só bloqueamos essa emoção, como bloqueamos todas as outras. Isto é, o nosso interior precisa de encontrar espaço de expressão para todas as emoções, e a felicidade só pode ser alcançada, se quando existem todas as outras emoções, elas tiverem espaço para existir. #escoladosentir

  • 4 condições essenciais para uma relação duradoura!

    As relações amorosas são exigentes, implicam que se consiga criar um espaço de comunhão entre duas pessoas, que se consiga dar espaço ao contraditório, ao mesmo tempo, que se dá espaço à compreensão e até, por vezes, ao conflito. A verdade é que é comum existirem pessoas com a sensação que, façam o que fizerem parecem nunca ser capazes de encontrar o amor, de encontrar a pessoa com a qual consigam criar este espaço de comunhão. Mas, também é verdade que muitos de nós até conseguem encontrar essa pessoa e esse espaço para o amor, mas têm muita dificuldade em manter uma relação duradoura e resistente a todos os lados mais desafiantes que uma relação implica. Para que uma relação tenha espaço ao crescimento além da tão importante e já conhecida comunicação, é essencial que: 1 - Sejamos capazes de nos fragilizar - para amarmos e permitirmos que uma relação ultrapasse os obstáculos e suba de patamar, precisamos de ser capazes de nos fragilizar, isto é, de nos permitir a correr riscos, de nos permitirmos a confiar e de, no limite, aceitarmos que só quando somos capazes de mostrar ao outro todos os nossos lados mais positivos ou mais negativos, podemos almejar que uma relação perdure no tempo. 2 - Exista espaço de encontro com os objetivos de vida de cada um - todos nós temos um conjunto de objetivos que nos guiam pela vida fora, se os objetivos de vida do casal forem difíceis de compatibilizar torna-se difícil a relação perdurar. Para que se prolongue, pode existir necessidade de reajuste de objetivos, ou caso apenas se dê primazia aos próprios objetivos, naturalmente, a relação acabará por se desgastar. 3 - Existam valores de vida semelhantes - precisamos de sentir que a pessoa que está junto de nós se alinha por valores internos semelhantes aos nossos, caso contrário permanecemos num constante conflito interno entre os nossos valores de vida e os valores do outro. 4 - Encontrem espaço à compreensão e à intimidade - é nas relações que nos são mais próximas, que depositamos mais esperança, mais expectativa, por isso mesmo, são as relações mais próximas a quem mais exigimos. Para que nos sintamos em ‘casa’ numa relação precisamos que exista colo, compreensão emocional e intimidade, de forma clara e fluída. Sempre que assim não é, rapidamente tendemos a desistir da relação e deixamos de investir, por força do desamparo que vamos sentindo. As relações são um mundo de descobertas, de desafios e dúvidas, no entanto, só quando nos permitimos a pensar-nos a nós próprios e a pensar as relações é que podemos perceber quais os lados que estão a ficar para trás e que precisam de investimento, para que, a partir daí, tenhamos espaço para criar condições para que uma relação - com tudo aquilo que ela merece! - perdure no tempo. #escoladosentir

  • Podem as férias implicar desconforto?

    As férias implicam muito mais do que um simples cenário cor-de-rosa em que podemos relaxar e descomprimir, implicam perder a rotina e a estrutura que, muitas vezes, assegura o equilíbrio interno. Em tempo de férias, somos levados a abrandar o ritmo e, com o abrandar do ritmo, naturalmente a depararmo-nos com todo o nosso mundo interno, com as nossas relações e com os nossos planos. É como se com as férias, não tivéssemos hipóteses e obrigatoriamente nos confrontarmos com tudo o que somos e com tudo o que nos rodeia. E, por isso mesmo, por vezes, acontece as férias implicarem algum desconforto. Este desconforto surge, regra geral, por um de três motivos: ou porque percebemos que o trabalho e a rotina têm ocupado tantos dos nossos dias, que parecemos ficar vazios sem eles. Ou, por outro lado, porque com o stress do dia a dia, desejamos que as férias sejam uma solução milagre para os nossos problemas, para nos recuperarmos e, neste sentido, vivemos as férias com uma pressão exagerada para relaxar, descansar e reenergizar, o que, por isso, é absolutamente contraproducente. Acontece ainda outro cenário que é o de nos depararmos com relações menos boas, com uma parentalidade que não é a que se desejava, ou até com as nossas fragilidades. Perante tudo isto, a verdade é que para que as férias se possam revelar verdadeiramente reparadoras, não devemos pressionar-nos a nós próprios, seja para namorar, relaxar, dormir mais ou cuidar de nós. Em tempo de férias, devemos permitir-nos a viver o momento, ouvir o nosso interior e a segui-lo sem qualquer pressão. Para além disso, em tempo de férias devemos estar disponíveis para todas as mensagens que nos surgem seja das nossas relações, da parentalidade, da vida social ou do nosso interior. Lembrando-nos que, naturalmente, nas férias estamos mais expostos a todas estas áreas e mais livres para ouvir todas as mensagens. Sendo esta a altura certa para recebermos esse sinais e nos preparamos para todas as ações diferentes que o nosso dia a dia exige. Sendo claro que algum desconforto em tempo de férias não é necessariamente mau, mas é um sinal de alerta que nos deve levar a agir - no pós férias - de forma a garantir a reparação desse desconforto. #escoladosentir

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