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291 itens encontrados para ""

  • Ter hábitos é bom para si?

    Enquanto seres humanos, somos pessoas de hábitos, são os hábitos aliados às rotinas que nos transmitem uma certa sensação de previsibilidade e que, por isso mesmo, nos dão segurança e nos trazem bem-estar. Numa perspetiva mais ampla sobre nós, os hábitos devem ter o poder de nos alavancar. No entanto, nem sempre é fácil consolidar de forma consistente os hábitos que nos trazem benefícios, sejam hábitos de sono, de performance, de promoção de saúde mental ou de saúde física. Para que um hábito positivo se instale é necessário algum esforço, dedicação e, principalmente, motivação. Por outro lado, em contraponto, é muito fácil deixarmos que hábitos menos positivos para nós se instalem e que ganhem dimensão significativa no nosso dia a dia. A verdade é que os hábitos negativos se instalam com muito mais facilidade que os positivos, regra geral, porque ao invés de concederem o bem-estar a longo prazo, concedem o bem-estar a curto prazo. E, quando o bem-estar é imediato, é demasiado fácil cairmos na habituação ou até no registo de vício. Imaginemos, por exemplo, que gostaria de ter uma alimentação saudável, o hábito de se alimentar de forma saudável, implica mudanças, que geralmente trazem dificuldades na fase inicial e o resultado de uma alimentação saudável só se verifica a longo prazo. Obrigando-o a ser capaz de se manter alinhado com o processo antes mesmo de obter os benefícios associados ao hábito positivo que procura instalar. Por outro lado, uma alimentação não saudável - como por exemplo o fast food - traz a satisfação imediata e gera viciação. Por isso, mesmo o hábito de uma alimentação de fast food, por exemplo, é mais fácil de consolidar, que o hábito de uma alimentação saudável. Tudo isto serve de ponto de partida para se analisar o dia a dia e se pensar acerca dos hábitos que se está a adoptar e o impacto que eles têm no dia a dia e no bem-estar pessoal a curto e longo prazo. Após fazer esta análise, estaremos alinhados para eliminar os hábitos negativos e criar espaço para a consolidação dos hábitos positivos. Sendo certo que um hábito só é bom para uma pessoa, se com ele vierem benefícios, se com esse hábito se alavancar o bem-estar geral e o desempenho não só a curto prazo, mas também a longo prazo. #escoladosentir

  • 4 estratégias para lidar com os pensamentos repetitivos!

    Os pensamentos são um fenómeno complexo e são, muitas vezes, o resultado da conjugação das nossas vivências, das nossas emoções, das nossas ações e de muitas memórias acumuladas. Por vezes, pensamos de forma direcionada com vista a tomar decisões ou encontrar soluções, por exemplo, e encontramos no pensamento o nosso motor para a ação. Mas, também acontece o pensamento funcionar como um travão, quando, por exemplo, o nosso pensamento sobre determinado assunto surge de forma repetitiva, chegando por vezes ao limiar do obsessivo. A verdade é que quando surgem os pensamentos repetitivos são, regra geral, tendencialmente catastróficos e podem levar a um lugar de angústia e mal estar. Por isso, é essencial estar atento aos pensamentos que vão surgindo, principalmente aos que vão surgindo de forma repetitiva. Quando estes aparecem deve procurar-se tranquilizá-los, impedindo que aumentem a sua dimensão a cada instante. Para isso, é importante começar por: 1 - Ouvir os pensamentos - deve permitir que os pensamentos fluam e existam dentro de si. Ou seja, numa primeira fase é essencial não ignorar esses pensamentos, aceite que eles estão a surgir e  reconheça o impacto que têm no seu dia a dia ou no seu bem-estar. Se procurar apenas não ouvir os pensamentos e ignorá-los, haverá uma tendência a aumentar o seu mal-estar psicológico e a aumentar a persistência desses pensamentos. 2 - Explorar a origem dos pensamentos - tente descobrir quais os principais fatores, ou contextos, que despertam os pensamentos repetitivos. Depois, tente perceber o motivo de surgirem, nessas circunstâncias, procure explorar ainda as suas memórias associadas a esses pensamentos, para aos poucos descobrir a sua origem. 3 - Desconstrua os seus pensamentos - no fundo coloque questões aos seus pensamentos, procurando desconstruí-los e fazendo com que eles percam a expressividade e a dimensão mais catastrófica. Ao colocar questões ao pensamento, acaba por racionalizar o pensamento e ele, naturalmente, vai perdendo a sua intensidade. 4 - Aceitar a dor, ou medo, que os pensamentos transmitem - quando os pensamentos surgem repetidamente podem estar a carregar em si uma dor ou um medo. Por isso, é importante, após analisar tudo aquilo que está associado a esses pensamentos, que procure aceitar a dor ou medo existente subliminarmente por detrás desses pensamentos, ou — quando possível — tomar as ações necessárias para minimizar essa dor ou medo. No fundo, os nossos pensamentos surgem na sequência de toda a nossa história e ajudam-nos a enquadrar situações, emoções e ações, por exemplo. Apesar disso, nem sempre são vantajosos para nós, e é por isso muito importante que, sempre que necessário, se consiga desconstruir o pensamento de forma a impedir que a sua repetição funcione como um elemento desestabilizador no equilíbrio interno de cada um. #escoladosentir

  • O seu filho consegue lidar com os imprevistos?

    É comum depararmo-nos com crianças que parecem ser incapazes de reagir ao imprevisto e de se desenrascar sozinhas e que acabam por ficar demasiado dependentes dos adultos à sua volta, seja os pais em casa, a educadora na escola, ou o treinador nas atividades. Este cenário não é de todo desejável e condiciona o desenvolvimento e a aquisição de várias competências das crianças. A verdade é que as crianças precisam que os pais, e os adultos à sua volta, promovam a sua autonomia e a sua capacidade para reagir perante os imprevistos e os desafios do dia a dia. Assim, para ajudar o seu filho a desenvolver estas capacidades, deve começar por: 1 - Promover a autonomia de forma gradual - à medida que a criança cresce é muito importante que os pais abram espaço à sua autonomia, começando por permitir que a criança realize algumas tarefas sozinha, permitindo que comece a cuidar de si própria em áreas mais simples, como por exemplo, lavar os seus dentes. À medida que a criança cresce, a autonomia cresce com a criança e deve estender-se às várias áreas da vida da criança. 2 - Atribuir responsabilidades - uma criança que assume algumas responsabilidades, será sempre uma criança mais segura de si e, por isso, mesmo que se sente mais capaz quando chega a altura de se desenrascar perante um imprevisto. Por isso, a criança deve ter pequenas responsabilidades, como por exemplo, arrumar os seus brinquedos. As responsabilidades devem adaptar-se à idade e capacidade de cada criança. 3 - Permitir que seja a criança resolver os seus problemas - quando surge um problema, em vez de socorrer no imediato, deve dar tempo à criança para perceber o que aconteceu e pensar numa solução para esse problema de forma autónoma. Se a criança não o conseguir fazer, é importante ajudá-la a pensar, colocar-lhe questões e hipóteses, até que ela própria consiga encontrar uma solução para o problema que surgiu. 4 - Não realizar as tarefas pela criança - muitas vezes, na ânsia de ajudar a criança ou de aumentar a sua rapidez, os pais tendem a realizar as tarefas pela criança. É muito importante que exista autocontrolo da parte dos pais, para que permitam à criança o espaço e o tempo de que precisam para realizar as suas próprias tarefas. Se os pais, permanentemente, apertarem os botões da roupa dos filhos, será difícil que mais tarde no desporto se desenrasquem sozinhos no balneário, por exemplo. Uma criança precisa sempre de sentir que é capaz, e de sentir que os adultos importantes para ela confiam nas suas capacidades. Se quer que o seu filho seja capaz de reagir perante os imprevistos, comece sempre por confiar nele e mostrar-lhe de forma clara que confia nele. Lembre-se ainda que desenvolver na criança as competências necessárias para se desenrascar sozinha, garante que a criança se torna capaz de agir em segurança sempre que está na ausência dos pais. Cenário este que descansa o coração dos pais e atribui uma maior robustez ao crescimento saudável de uma criança. #escoladosentir

  • 4 condições essenciais para casais felizes!

    Quase todas as pessoas procuram o amor, muitas vezes, até se torna fácil apaixonar-se, mas torna-se difícil dar asas a uma relação e conseguir que ao longo do tempo a relação se mantenha forte e capaz de resistir aos atritos do dia a dia. A verdade é que quando se pensa em amor, surge a ideia de entusiasmo, de ligação e de proximidade, mas também é às pessoas de quem mais se gosta que se exige mais e de quem mais se espera. Por isso, para se manter uma relação amorosa robusta ao longo do tempo, há algumas condições absolutamente essenciais são elas: 1 - Comunicação - ser capaz de comunicar com clareza, objetividade e cuidado com o outro, ao mesmo tempo que é capaz de ouvir ativamente, é uma das principais chaves para o sucesso e para a redução dos atritos numa relação. 2 - Atenção às necessidades - quer estar atentos às suas próprias necessidades, de forma a conseguir expressá-las em tempo real, quer conseguir sintonizar-se com as necessidades do outro para se conseguir corresponder-lhes, ou mesmo que não seja possível corresponder, para que se possa compreendê-las. 3 - Compreensão emocional - todas as pessoas precisam de sentir que ao seu lado está alguém que consegue sintonizar-se com o seu mundo interno e com as suas emoções. Numa relação amorosa é fundamental que as emoções de ambos tenham espaço para se expressar e, essencialmente, encontrem no outro um colo capaz de as amparar de forma próxima e afetuosa. 4 - Intimidade - uma relação amorosa precisa de ser alimentada, e tem de existir espaço para vários níveis de intimidade. A intimidade precisa de espaço para a fantasia, para a partilha, para as diferenças de cada um, para o erotismo e para doses elevadas de afeto. Se numa relação amorosa houver espaço para a expressão da intimidade, inequivocamente, mais forte se torna a relação. No fundo, todas as relações são diferentes, todas as relações exigem coisas diferentes, ainda assim há ingredientes de que todas as relações precisam e no meio de todos eles é essencial mantermos presente que uma relação exige sempre que os elementos se consigam expressar, se sintam livres, autênticos e compreendidos na relação. Não se esqueça que a relação deve ser alimentada durante todos os dias, e que todos os gestos contam quando estamos a falar de amor e de relações. #escoladosentir

  • 5 estratégias para enfrentar os seus medos!

    O medo apesar de desejável e de muitas vezes nos ‘salvar a vida’, tem também o poder de nos paralisar e de ser um travão perante desafios e novas conquistas. No fundo, em circunstâncias normativas o medo surge perante um perigo e tem a função de nos levar a procurar proteção. Ainda assim, são muitas as vezes em que percepcionamos situações inofensivas como perigosas e, nessas circunstâncias, é essencial reunirmos mecanismos internos que nos permitam enfrentar o medo. Para o conseguirmos há algumas estratégias fundamentais com as quais nos devemos alinhar. São elas: 1 - Ouvir os nossos medos - sempre que estamos perante um medo, a pior coisa que podemos fazer é fugir dele. Por isso, sempre que o medo surge, é fundamental, parar, encarar o medo e ouvir todas as mensagens que o medo nos pode estar a trazer. 2 - Desconstruir os medos - ao mesmo tempo que ouvimos o medo, devemos colocar-lhe questões, no fundo, devemos tentar desconstruir o medo.  Devemos ir cada vez mais fundo, até destapar as várias máscaras que um medo pode ter. 3 - Expressar o medo - Um medo torna-se sempre mais pequeno se formos capazes de o expressar, se formos capazes de o tirar de dentro de nós. Expressar o medo pode passar por partilhá-lo com alguém, mas se isso for muito difícil, também podemos optar por escrever acerca desse medo. O importante é que o sintamos a sair de dentro de nós. 4 - Compreender os sinais físicos - o medo envia-nos alguns sinais físicos, por vezes, antes mesmo de termos percepção do medo, já estamos a receber alguns sinais, como por exemplo, saudação das mãos ou taquicardia. É essencial estarmos atentos aos sinais do nosso corpo para não darmos espaço a que o medo cresça de forma desproporcionada. 5 - Dar um significado e compreender os medos - todos os medos surgem por um motivo, o passo final para nos libertarmos, ou sermos capazes de o enfrentar, é compreendermos esse medo com clareza e atribuirmos-lhe um significado para nós, um significado em toda a nossa história. No fundo, nunca nos esqueçamos que o medo é uma emoção natural que procura garantir o nosso equilíbrio e o nosso bem-estar. Apesar disso, devemos estar atentos aos sinais e, sempre que o medo está a assumir uma função de bloqueio no nosso dia a dia, devemos agir e procurar enfrentar de forma ativa e consciente esse medo, libertando-nos dele e prosseguindo o nosso caminho. #escoladosentir

  • Porque é que os adolescentes estão sempre do contra?

    A adolescência é uma fase tipicamente desafiante quer para os filhos, quer para os pais. Por um lado temos o adolescente que deseja emancipar-se, que quer muito explorar o mundo à sua volta, as amizades, as relações e os seus limites. Por outro lado, temos os pais que estão a lidar com a ideia de que um filho está cada vez mais crescido e, por isso mesmo, cada vez mais independente. E, muitas vezes, não é fácil para um pai ou uma mãe lidar com todo o crescimento de um filho. Perante isto, é normal que se tenha a ideia que os adolescentes fazem tudo ao contrário, na verdade não fazem, mas a adolescência implica experiências iniciais que - como iniciais que são - são extremamente permeáveis a dúvidas, erros, sonhos e, por vezes, conquistas. Nestas circunstâncias, se atentarmos ou viajarmos até à nossa adolescência, é fácil compreendermos que um adolescente está perante um grande desafio, o desafio de se descobrir a si próprio, de descobrir os seus interesses, de lidar com um corpo que muda a cada instante, de se afirmar, no fundo, o desafio de crescer. A tudo isto, acresce o facto de um adolescente quase nunca se sentir compreendido, de ter a ideia que faça o que fizer parecer nunca ser suficiente para quem está à sua volta. Assim, no meio de tantas exigências, contratempos e desafios, os adolescentes ficam imersos na sua própria confusão, e o ruído interno em que, por vezes vivem, não lhes permite fazerem tudo da forma que nós desejaríamos. A verdade é que, se sairmos de nós e entrarmos no papel de um adolescente, percebemos que a cada novo dia, há uma nova experiência, uma nova sensação, por vezes, assustadora. E, que por isso, os adolescentes precisam que os adultos à sua volta se mantenham sintonizados com eles, se mantenham compreensivos, ao mesmo tempo que lhes dão espaço, liberdade e mantêm os limites definidos, só assim garantimos que um adolescente se continua a sentir protegido e amado, para continuar a crescer e a aceitar desafiar-se, mesmo com a possibilidade de fazer tudo ao contrário. #escoladosentir

  • Porque é que ficamos deprimidos?

    A saúde mental é demasiadas vezes deixada para segundo plano e, na sequência do fazermos surge, com frequência, a depressão. A verdade é que é fácil chegarmos a um estado depressivo, crescemos muitas vezes com a ideia de que devemos guardar as nossas emoções para dentro de nós, que chorar é para ‘fracos’, vamo-nos relacionando e nem sempre somos cuidados e amados como sentimos que devíamos e, por vezes, enfrentamos desafios que nos fazem sentir pouco suficientes e capazes. No fundo, ao longo da nossa história e, por entre o correr dos dias, há com frequência um caminho tumultuoso, que promove o adoecer psicológico e a emergência de um traço depressivo. Se atentarmos, a depressão acaba por ser o resultado da relação entre a nossa história de vida, as nossas características de personalidade, o nosso contexto e a nossa componente biológica. Por isso, cada depressão é única e cada depressão surge associada a condições muito específicas de cada pessoa. Ainda assim, se fizermos uma equação de síntese daquilo que une a grande maioria das depressões, fica muito claro, que a depressão surge, regra geral, associada a uma dificuldade significativa de lidar com as emoções e de as expressar — por exemplo, a contenção emocional, nomeadamente a contenção da tristeza, leva mais facilmente a traços depressivos — e a uma sensação de desvalorização pessoal e de falta de amor, é o amor em todas as suas dimensões, são as relações com as pessoas à nossa volta que nos prendem à vida, sempre que sentimos o amor a escassear acabamos, naturalmente, por desenvolver um lado mais desvitalizado e deprimido. No fundo, apesar de todos os fatores que podem contribuir para uma depressão, fica claro que a depressão surge, muitas vezes, no fim de linha do sofrimento emocional. Por isso, é essencial não nos esquecermos que não ficamos deprimidos de um dia para o outro, mas sim que nos vamos deprimindo aos poucos, à medida que tudo se desalinha dentro de nós. E que, por isso, devemos estar atentos aos pequenos sinais que vão surgindo em nós e em quem está à nossa volta, para que, sempre que necessário, possa existir uma intervenção robusta e estruturada que atempadamente permita inverter um quadro depressivo. Nunca nos esquecendo que uma depressão nunca deve ser desvalorizada, mesmo que o seu impacto não seja visível aos outros, uma depressão pode ser absolutamente condicionante para quem a vive. Por isso, nunca se iniba de pedir ajuda. #escoladosentir

  • O que nos diz uma criança agitada?

    Ser criança é, por si só, sinónimo de energia, de alegria e de movimento. É inequívoco que as crianças aprendem com o corpo todo, expressam-se através do corpo todo e, muitas vezes, comunicam mais pelo corpo do que pela palavra. É, por isso, tão importante termos consciência de que ter energia não é estar permanentemente agitado, e que nunca devemos desvalorizar a agitação de uma criança com base na ideia de que ‘ser criança é estar em movimento’. No fundo, não são raras as vezes em que nos deparamos com crianças que estão em profundo sofrimento emocional e a forma que têm de acalmar os seus fantasmas internos é uma inquietude e agitação de base, que as impede de pensar e de sentir de forma plena tudo aquilo que estão a vivenciar. Sendo assim, enquanto dão cambalhotas, se levantam na sala de aula, ou jantam em posturas quase acrobáticas, não se confrontam com o seu mundo interno, com as suas dores. No fundo, são crianças que não se permitem parar, porque caso parem não conseguem fazer frente e lidar com tudo aquilo que vive dentro delas. É, desta forma, absolutamente essencial que tenhamos consciência, que mesmo as crianças com mais energia do mundo, precisam em determinados momentos de parar, de sossegar, ou de simplesmente se permitirem a estar tranquilamente no colo de um adulto. E, este é um dos pontos que nos permite diferenciar energia de agitação, se a par com a energia existem, ou não, tempo de tranquilidade, tempos para atividades mais serenas, seja um desenho, um conjunto de legos ou histórias, por exemplo. Quando existe este equilíbrio, regra geral, temos crianças energéticas e isso, é por si só, uma alavanca para todo o seu desenvolvimento. Quando por outro lado, temos criança ‘ligadas à ficha’, que seja em que circunstância for, são incapazes de parar e de tranquilizar, então temos uma criança repleta de agitação e que, através de todo o corpo nos está a pedir ajuda e a mostrar que - seja lá porque motivo for - precisamos de lhe dar atenção e ficar atentos às suas dores e às suas necessidades. Só quando somos capazes de olhar para a agitação como um sinal de alerta, podemos, passo a passo, ajudar uma criança a olhar para tudo aquilo que é o seu mundo, a tranquilizar e, por fim, a permitir-se sair de um registo de agitação e a passar para um registo de energia e de movimento saudável e essencial ao pleno desenvolvimento de uma criança. #escoladosentir

  • É fácil escolher uma profissão?

    À medida que crescemos há sempre uma pergunta que nos vai acompanhando, “o que queres ser quando cresceres?”. Se observarmos a maior parte das crianças permite-se a sonhar, atirando respostas como “astronauta”, “futebolista” ou “youtuber”, por exemplo, que rapidamente os adultos pensam que não serão atingíveis, por uma série de motivos ou, por outro lado, que não são compatíveis com aquela família ou com aquela criança. A verdade é que fazemos esta pergunta com tanta frequência, porque a componente profissional, por norma, ocupa um espaço significativo na vida de alguém e, por isso, acreditamos que define - pelo menos em parte - essa pessoa. No entanto, criamos também uma carga muito forte nesta área e, quando passamos para a adolescência, as respostas a esta pergunta passam a ser ou menos concretas, menos sonhadoras ou simplesmente resumidas a um “não sei”. Se observarmos bem, às crianças permitimos-lhe sonhar as profissões, mas aos adolescentes, temos por hábito começar a condicionar os sonhos e a direcioná-los em determinadas direções que consideramos - na nossa perspectiva - mais adequadas. Fazemo-lo apenas porque acreditamos ser o melhor para um adolescente, mas será mesmo assim? Ora é verdade que há profissões que se matizam com a personalidade da pessoa, mas também é verdade que na adolescência, muitas vezes, não se está plenamente preparado para tomar uma decisão profissional consciente e segura. Assim, muitas vezes, as decisões são tomadas com base no estatuto social associado às profissões, com base nas expectativas da família, com base nos ordenados e, à custa disso, fica muitas vezes para trás o real interesse e as reais competências de cada um. Este cenário, leva mais tarde na fase adulta a uma frequente insatisfação com a vida profissional. Neste contexto, não é raro vermos, por exemplo, pessoas com excelentes condições de trabalho e que, mesmo assim, se sentem incompletas e permanentemente insatisfeitas com a sua profissão. Como se, por muito que pudessem evoluir na carreira, nunca sentissem que estão efetivamente no lugar que deveriam estar. É, por tudo isto tão importante que, quer na adolescência, quer na fase a adulta nos permitamos a sonhar profissionalmente, nos permitamos a olhar para tudo aquilo que somos, para as nossas competências, para os nossos interesses e, a partir daí, tomar uma decisão académica e profissional sustentada e segura. Não que uma profissão tenha que ficar para a vida toda, mas sim porque as profissões que exercemos nos devem acrescentar, nos devem, completar. No fundo, uma profissão ocupa uma parte tão significativa da nossa vida que não deve ser exercida apenas porque fomos direcionados para ela, sem pensarmos muito em todas as nossas competências, em tudo aquilo que somos e sentimos. #escoladosentir

  • Que Janeiro nos permita renascer!

    O mês de Janeiro é, por norma, para muitos de nós, um mês tendencialmente longo e difícil. Janeiro junta em si muitos desafios, é um mês frio, com menos horas de sol por dia e tem a particularidade de surgir depois do entusiasmo das festas, tornando-se - muitas vezes - difícil. Isto acontece porque é em Janeiro que mais recolhemos e olhamos para a nossa evolução, é em Janeiro que se torna mais propício definir objetivos e trilhar o caminho para novas conquistas, mas é também em Janeiro que percebemos que estamos muitas vezes demasiado longe do lugar onde gostávamos de estar. Por muitos objetivos que sejam traçados na noite de 31 de dezembro parece que nos sentimos pouco capazes de nos mover para os alcançar, no fundo, parece que nos sentimos muito pouco capazes de agir. A verdade é que se tomarmos consciência de tudo isto, torna-se mais fácil fazer diferente, se tivermos um certo conhecimento de tudo aquilo que janeiro implica torna-se também mais fácil lidar com uma certa angústia para a qual janeiro nos parecesse arrastar. Por isso, este ano, é importante tornarmo-nos permeáveis a tudo aquilo que Janeiro nos faz sentir, tomando consciência de cada sentimento e permitindo-nos a pensar de forma a - mesmo que com uma certa morosidade, com uma certa dificuldade - nos levarmos a agir e a fazer de Janeiro mais que um mês longo, avassalador e negro, um mês de renascimento, um mês em que deixamos para trás tudo aquilo que não resultou até agora e planeamos uma nova ação, um recomeço que nos permita conquistar, trilhar ou ser quem verdadeiramente somos de forma livre e espontânea. Ora se reparamos bem, Janeiro é o início, é como se fosse a representação da manhã do novo ano, por isso, é importante torná-lo num bom mês para que todo o ano flua de forma mais simples e positiva. Repare, se a manhã de um dos seus dias correr mal, o dia por si tende a fluir de forma mais difícil e turbulenta. Por isso, este ano procure fazer do Janeiro um bom início de ano, procure renascer em Janeiro, para que 2024 possa ser leve, fluido e repleto de novas conquistas. #escoladosentir

  • Ter sonhos para o ano novo é essencial!

    Sempre que estamos à porta de um novo ano, temos por hábito fazer balanços do ano que fica para trás, ao mesmo tempo que traçamos metas e objetivos para o novo ano que se aproxima. Sonhar o novo ano é sempre um movimento de saúde mental, é sinal de esperança, é sinal que confiamos em nós e na nossa capacidade de concretizar. Enquanto nos envolvemos a sonhar o novo ano, enquanto nos visualizamos a atingir o nosso sucesso, estamos a alinharmo-nos connosco próprios e a comprometermo-nos com tudo o que isso implica. O perigo existe quando ao fazermos um balanço do ano que finaliza - ano após ano -  tomamos consciência  que as conquistas não são atingidas e, gradualmente, vamos deixando de sonhar e nos vamos afastando de nós próprios e de tudo aquilo que desejamos para nós. A verdade é que é quando deixamos de sonhar, que nos desligamos da vida. Mas, só deixamos de sonhar porque à medida que os anos passam vamos descobrindo que nada se altera, vamos percebendo que não concretizamos esses sonhos. No fundo gera-se um círculo vicioso, ao não concretizarmos deixamos de sonhar, ao deixar de sonhar, deixamos de ter objetivos para concretizar. E quando este cenário se dá, passamos a agir por entre os dias em piloto automático, de forma rotineira, sem brilho e sem nos deixarmos envolver. Neste contexto é essencial, fazermos um esforço para contrariar esta tendência e tomarmos consciência do nosso contexto, do que nos tem falhado para conseguirmos atingir os nossos objetivos. Para, a partir daí, podermos ajustar cada um dos nossos sonhos à nossa realidade e à nossa capacidade de ação, garantindo que não só sonhamos, mas também que reunimos as condições necessárias para concretizar os nossos sonhos. Nunca nos esquecendo que para vivermos precisamos de sonhar, para sonhar precisamos de concretizar. Por isso, este ano novo, sonha tudo aquilo que desejas e orienta a tua ação para dares espaço a todos os teus sonhos, para concretizares e para que que no próximo balanço de ano novo, sonhar não seja feito em esforço. #escoladosentir

  • 3 estratégias para desfrutar do Natal!

    O Natal implica muitas vezes, um turbilhão de emoções, entre a expectativa das crianças - e também dos adultos -, as relações familiares nem sempre simples e o desejo de que corra tudo da melhor forma, nem sempre conseguimos retirar o melhor partido Natal e desta época que, regra geral,  desejamos que seja de paz, de amor e de família. Por isso, este Natal para que te permitas a vivê-lo da melhor forma, começa por: 1 - Permitir-te a sentir - tudo aquilo que possas sentir em relação ao Natal, às relações familiares, ou a algum membro da tua família é válido. Por isso, permite-te a sentir e olhar para aquilo que estás a sentir e tenta perceber o porquê desse sentimento. No fundo, será mais fácil vivenciar o Natal e crescer se conseguires enquadrar aquilo que estás a sentir na tua história e se procurares dar um significado às tuas emoções. 2 - Ser flexível e empático - por muito que o Natal leve a opiniões contrárias, a questões inoportunas ou a algum desconforto, é importante que exista tolerância e flexibilidade em relação à perspetiva dos outros. Neste contexto, é importante definir os limites ao mesmo tempo que se procura não  alimentar o conflito. 3 - Dar espaço à partilha e à alegria - procura sintonizar-te com quem está ao teu lado, procura permitir-te a dar de ti às pessoas que são importantes para ti e abrir espaço para que cada uma delas possa expressar-se e partilhar aquilo que vive dentro de si. Lembra-te que o espírito de Natal implica que sejamos capazes de fortalecer relações, de dar colo e de receber colo. Por muito que o Natal possa implicar momentos com mais desconforto ou com algum atrito, devemos tomar consciência que as pessoas com quem passamos o Natal fazem parte da nossa história, e de alguma forma são importantes para a construção de tudo aquilo que somos, por isso, devemos aproveitar o Natal para retirar dele o melhor partido, para nos permitirmos a sentir, a fortalecer laços e a unir pontos dentro da nossa própria história. #escoladosentir

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