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291 itens encontrados para ""

  • O que nos dizem as negativas sobre uma criança?

    Todos nós gostamos que as crianças sejam capazes de ter um bom  rendimento escolar. As boas notas na escola deixam-nos sempre de coração mais descansado e servem muitas vezes de bússola para o bem-estar global de uma criança. E a verdade é que, muitas vezes, é a quebra do rendimento escolar, a falta de capacidade de concentração ou a falta de motivação para a escola, por exemplo, que funcionam como sinais de alerta de que alguma coisa não está bem no funcionamento global da criança. Quando este cenário se dá, ficamos por fim, mais alertas, no entanto, nem sempre conseguimos chegar à real necessidade da criança. Regra geral, optamos por investir cada vez mais academicamente, com explicações e apoio ao estudo, por vezes, a necessidade da criança é de estimulação cognitiva e, por isso, a dificuldade escolar acaba por se esbater. No entanto, são muitos os casos, em que mesmo após todo este investimento cognitivo, as dificuldades escolares parecem permanecer e nunca se desbloquearem. E é aí que temos a prova de que precisamos de olhar para a criança em toda a sua globalidade e perceber o que de facto está a contaminar a sua capacidade de obter bons resultados. Sendo que para essa análise importa olhar para a dinâmica familiar, para a forma como a criança lida com as suas emoções, para a sua capacidade de tolerar a frustração e para as suas relações sociais. Por muito que possa não parecer, quando falamos de rendimento escolar, todas estas áreas contribuem para o sucesso ou para o insucesso de uma criança. E, por isso mesmo, um baixo rendimento escolar de uma criança – na grande maioria das vezes – dá-nos muito mais informação do que apenas a indicação de que existem dificuldades de aprendizagem, por exemplo. Perante tudo isto, devemos manter presente que no coração de uma criança, por norma, a escola não se sobrepõe à sua família, aos seus amigos ou ao seu mundo interno. E é quando todas as áreas da vida de uma criança se encontram em equilíbrio que podemos desejar que exista motivação e sucesso escolar. #escoladosentir

  • Saúde mental infantil, quando procurar ajuda?

    Crescer implica turbulências, implica avanços e recuos, por isso, enquanto cresce, uma criança precisa de ter espaço para explorar diversos papéis, precisa de ter espaço para errar, para conquistar e, principalmente espaço para ser ela própria de forma genuína e autêntica. A verdade é que, por várias razões, nem sempre o crescimento se dá de forma fluída e isenta de mal estar. Apesar de, por vezes, o mal estar ser normal e trazer aprendizagens a uma criança, há algumas circunstâncias em que devemos estar alerta e procurar ajuda especializada. Assim, quando pensamos em crianças e em saúde mental, devemos ficar alerta e procurar ajuda, sempre que surgem: 1 - Dificuldades em lidar com emoções - sempre que uma criança tem dificuldade em identificar o que está a sentir, em expressar ou em gerir as suas emoções. Sempre que surge uma tonalidade triste persistente, medos que se prolongam no tempo, crises de raiva recorrentes ou ansiedade, por exemplo. 2 - Dificuldades de comportamento - quando uma criança tem dificuldades em regular o seu comportamento, tendo, por exemplo, movimentos violentos, impulsivos ou agitação excessiva. 3 - Dificuldades de socialização - quando as relações se tornam difíceis, seja porque a criança se isola, porque não se consegue integrar, porque é vítima de bullying ou porque exerce bullying, por exemplo. 4 - Dificuldades na relação consigo própria - seja uma autoestima muito frágil, seja uma criança valorizar-se em excesso, a relação de uma criança consigo própria precisa de ser estável e segura. 5 - Dificuldades escolares - uma quebra significativa do rendimento escolar ou oscilações recorrentes no rendimento escolar de uma criança, dificuldades em manter a atenção e a concentração, são muitas vezes reflexo de dificuldades do foro emocional. É muito importante que sempre que surgem estes sinais de forma recorrente, olhemos para eles como um reflexo de que alguma área na vida da criança está em desequilíbrio e, por isso, procurarmos ativamente ajudar a criança a encontrar a melhor forma para se reequilibrar e para se sentir tranquila consigo própria, com os outros e com os desafios que vão surgindo no seu crescimento. Só assim, sintonizados com a criança podemos garantir as condições essenciais para o seu crescimento e para a sua saúde mental. #escoladosentir

  • Vives a tua vida ou a que sonharam para ti?

    É comum que existam expectativas sobre nós, mas ao longo do nosso crescimento é expectável que existamos cada vez mais de acordo com tudo o que somos e não de acordo com tudo o que sonham para nós. E é aqui que muitas vezes surgem as dificuldades, porque entre as expectativas dos pais, da sociedade e as nossas próprias expectativas é demasiado fácil perdemo-nos e deixarmos de seguir o nosso próprio rumo de vida, aquele que sentimos que é autêntico e que naturalmente flui de nós, para seguirmos o rumo de vida que consideramos que outros reconhecem como correto para nós. Ora isto acontece porque vivemos mais focados no nosso exterior do que no nosso interior e, no limite, acontece porque temos medo. Medo de sermos rejeitados, medo de falharmos, medo de não sermos suficientes para todos aqueles que estão à nossa volta. Crescer implica, naturalmente, dúvidas, experimentar diferentes papéis, avanços e recuos. E é quando exercemos uma força de bloqueio a tudo aquilo que realmente somos que paramos de crescer, que nos sentimos muitas vezes sufocados pelo mundo exterior e que facilitamos o nosso adoecer emocional. É nestas circunstâncias essencial tomarmos consciência que, por muito que o ambiente à nossa volta nos queira levar a viver a vida que não queremos para nós, só a viveremos se compactuamos com esse ambiente. E a maior dificuldade não está em quebrar as barreiras das expectativas dos outros, mas sim as nossas próprias barreiras internas. Isto é, para vivermos a vida que corresponde à nossa verdade, muitas vezes precisamos de quebrar as nossas crenças, precisamos de nos permitir a arriscar, precisamos de deixar de fugir de nós próprios e cultivar a nossa segurança interna. No limite, é essencial mantermo-nos conscientes que não é a família, a sociedade, ou os amigos que nos prendem às suas expectativas, somos nós que nos deixamos ficar presos a elas. Desta forma, por muito difícil que seja distanciarmo-nos dessas expectativas, devemos sempre focarmo-nos na nossa verdade e desenvolver a coragem que nos permite viver a nossa verdade, lembrando-nos que só vivendo a nossa verdade, podemos ter bem-estar emocional e sentirmo-nos completos. #escoladosentir

  • Pode o consumismo servir de compensação emocional?

    Todos nós em determinados períodos da nossa vida, passamos por fases emocionalmente desafiantes. Nessas fases, é comum procurarmos uma forma de nos tranquilizamos e de compensação emocional. Fazermos esta procura ativa para restabelecermos o nosso equilíbrio é muito importante, mas, para o fazermos de forma eficiente, precisamos de pensar acerca de tudo aquilo que se está a passar, de dar um significado às nossas experiências emocionais e de, a partir daí, encontrarmos as ferramentas certas, que nos levam ao nosso equilíbrio. No entanto, este nem sempre é um processo fácil e, perante estas fases, muitas vezes, procuramos não pensar e não sentir, limitando-nos apenas a tentar reequilibrar-nos através de estratégias mais imediatas, como por exemplo, uma ida às compras. O consumismo funciona assim, como uma espécie de preenchimento do vazio interior através de bens materiais, é uma forma célere de nos iludirmos a nós próprios e de criarmos a ideia - mesmo que muito transitória - de bem-estar. E é este o grande problema desta forma de nos reequilibrarmos, o facto de este preenchimento ter um efeito que se extingue rapidamente no tempo, a satisfação obtida é meramente imediata, sem ter um efeito verdadeiramente reparador do nosso mal-estar interno. Acresce ainda que após estas compensações através de bens materiais, muitas vezes, fica a culpabilidade, pelos gastos em excesso, pela compra de bens que de facto não tínhamos necessidade. Sendo que este fenómeno agrava ainda mais o mal estar interno que se está a vivenciar. Perante tudo isto, nunca nos esqueçamos que o vazio interno nunca pode ser preenchido através de compras, por exemplo. Tentarmos fazê-lo é como tentar estancar uma grande hemorragia com um penso rápido, nunca nos levará ao sucesso. Nestas circunstâncias, é essencial controlarmos o impulso do consumismo e mantermos presente que o desequilíbrio emocional exige que nos dediquemos a sentir, a pensar e a elaborar tudo aquilo que vive dentro de nós, para a partir daí podermos, gradualmente, encontrar o nosso equilíbrio. #escoladosentir

  • 4 atitudes essenciais a uma boa comunicação!

    Ao longo do nosso dia a dia, é comum surgirem conflitos quer em contexto familiar, quer em contexto social ou laboral. Apesar dos conflitos serem necessários e de existir espaço para para o contraditório ser essencial para o crescimento de todos nós, a verdade é que muitos dos conflitos em que acabamos por nos envolver trazem-nos mais atrito do que crescimento e podiam ser facilmente evitados se fossemos capazes de comunicar de forma otimizada. Assim, pensar em conflitos é também pensar em comunicação, e há quatro atitudes a que todos devíamos estar atentos, se queremos garantir uma boa capacidade de comunicação e, consequentemente, menos conflitos, são elas: 1 - Saber ouvir - por muito que pareça uma tarefa simples, grande parte das pessoas não é capaz de desenvolver uma escuta ativa e atenta. Uma vez que não o fazem, acabam por assimilar o mundo e o que os outros transmitem de forma enviesada e, ao fazê-lo entram mais facilmente em escaladas de conflito difíceis de controlar. Neste sentido, procura aprender a ouvir e a sintonizar com o outro sem interrupções enquanto recebes informação. 2 - Autoconfiança - muitas vezes porque não estamos confiantes na mensagem que queremos transmitir, acabamos por optar por uma linguagem e abordagem que introduz a dúvida e que permite uma maior abrangência dos assuntos. Se por um lado isto é protetor, por outro lado, não permite uma comunicação clara e objetiva. Por isso, para comunicar de forma otimizada opta por explorar os assuntos até que tenhas a autoconfiança suficiente para os abordar com clareza. 3 - Flexibilidade mental - um dos travões de comunicação mais comuns é o facto de cada um ficar preso nas suas próprias ideias. Fazemo-lo porque muitas vezes somos teimosos e não queremos dar o ‘braço a torcer,’ ou porque o nosso pensamento está tão rígido que não nos permitimos ver outras perspectivas. Para bem comunicar é essencial desenvolver a flexibilidade mental, a capacidade de estarmos seguros das nossas ideias, ao mesmo tempo que nos permitimos ouvir o outro e, se necessário, mudar a nossa perspetiva. 4 - Expressão emocional - muitas vezes, inibimos a expressão emocional, com a ideia de que o discurso será mais claro se não tiver estas intercorrências. No entanto, deixarmos que as emoções fluam enquanto a nossa comunicação flui é essencial, uma vez que permite que os outros recebem a nossa mensagem de forma mais autêntica e que nos permite expressarmo-nos com mais clareza. Neste sentido, enquanto comunicas, evita a contenção emocional, pois se o fizeres tudo se inibe, inclusive a tua clareza de discurso. É muito claro para todos nós que comunicar exige diversas competências, muitas delas às quais - erradamente - nem sempre damos importância. Para comunicar de forma cada vez mais otimizada lembre-se que nenhuma destas competências deve ficar para segundo plano e que de uma boa comunicação resulta sempre menos atritos e conflitos no dia a dia. #escoladosentir

  • 3 sinais de alerta do burnout!

    Nem sempre é simples manter o equilíbrio entre a vida pessoal, a vida social e a vida profissional. No ritmo acelerado dos dias, por vezes, sentimos que a vida profissional parece que se sobrepõe e toma conta da maior parte da nossa energia. Quando assim é e nos deixamos assoberbar pelo mundo laborar, muitas vezes o cansaço físico ou psicológico associado à profissão são tão expressivos que perdemos o nosso equilíbrio e acabamos por entrar num estado de burnout. Ora é essencial que todos possamos estar conscientes dos principais sinais de alerta e que nos permitamos a parar para reequilibrar sempre que necessário. Neste sentido, existem alguns sinais de alerta que podem ser indicadores de burnout, aos quais deve ficar atento, dos quais destacamos: Cansaço persistente - sentir cansaço generalizado, quer físico quer emocional. Cansaço esse que, mesmo após alguns dias de descanso, parece nunca se dissipar. No fundo, é um sinal de alerta quando começa a sentir que faça o que fizer, parece nunca conseguir renovar as suas energias e sentir-se pleno. Sentir-se preso no seu pensamento - sentir que os seus pensamentos estão sempre focados em questões laborais. Isto é, mesmo após chegar a casa ou em momentos fora do trabalho, os seus pensamentos focarem-se sempre em preocupações e questões associadas ao trabalho ou à sua performance laboral. Quebra de relações em contexto laboral - a qualidade das relações em contexto laboral é essencial para o bem-estar profissional. Quando não existem relações de qualidades no trabalho, ou essas relações se quebram, há maior probabilidade de todo o ambiente de trabalho ser mais stressante e mais difícil de encarar, colocando-nos mais perto da exaustão seja física ou psicológica. Quando sentimos que os sinais de alerta estão presentes no nosso dia a dia, é essencial que sejamos capazes de parar e perceber qual a melhor forma de inverter o cenário de eventual burnout. Sempre que não o conseguimos fazer sozinhos, é essencial procurar ajuda. Recorde-se que é quando ignoramos os primeiros sinais de alerta, que deixamos espaço para que quadros de sofrimento cresçam e se consolidem e para que, mais tarde, se torne difícil libertarmo-nos de todo o sofrimento. #escoladosentir

  • 3 estratégias para se libertar do stress

    Vivemos num ritmo de vida, por vezes, demasiado acelerado, facilmente nos exigimos demais a nós próprios, facilmente nos culpabilizamos e deixamos de priorizar os apelos do nosso corpo e do nosso interior. Ao fazermos tudo isto deixamo-nos muitas vezes inundar numa bolha de stress, que acaba por nos condicionar. O stress nem sempre é mau e surge como uma resposta natural do nosso corpo a situações de maior tensão, o stress alerta-nos e procura levar-nos a encontrar o nosso equilíbrio. No entanto, o mais habitual é ignorarmos esse alerta e acabarmos por viver o stress no nosso dia a dia de uma forma crónica sem o ouvirmos e sem agirmos no sentido do nosso equilíbrio. E, quando assim é, não há como o stress não nos adoecer quer de forma física, quer de forma psicológica. Para reduzir os seus níveis de stress e evitar o seu impacto no dia a dia comece por: 1 - Identificar as causas de stress do seu dia a dia - olhe para a sua dinâmica diária e procure descobrir quais os gatilhos que lhe despertam a reação de stress contínua. Pode ser stress laboral, familiar ou social, por exemplo, o importante é procurar descobrir a causa, para, a partir daí, ser capaz de tomar consciência de onde surge o seu stress. 2 - Ser tolerante consigo próprio - procure ser a sua melhor versão, mas procure sê-la com tolerância. Ou seja, haverá momentos em que vai errar e em que a sua performance pode diminuir, nesses momentos, deve procurar não se penalizar em excesso, optando por focar-se em como pode melhorar sem se deixar inundar pelo peso da culpa. 3 - Respeitar os seus apelos internos e físicos - o nosso corpo e o nosso interior estão permanentemente a enviar-nos sinais que refletem o nosso equilíbrio, é muito importante que estejamos atentos a esses sinais e que sejamos capazes de os respeitar. Por isso, procure ouvir-se a si próprio e sempre que o seu corpo e o seu interior pedirem uma pausa - mesmo que breve - opte por fazê-la. Lembre-se que para se libertar do stress precisa de sintonizar o seu corpo, com as suas emoções e com as suas ações. Mesmo que por vezes, tudo isto pareça difícil de alcançar, se estes três níveis estiverem equilibrados, há espaço para aprender a lidar com o stress e para vivenciar o dia a dia de forma mais livre. #escoladosentir

  • 5 estratégias para gerir o divórcio com filhos

    O fim de uma relação amorosa e o consequente divórcio são por si só difíceis de gerir, implicam muitas vezes sofrimento e ansiedade. Quando este cenário se dá na presença dos filhos tudo se torna mais complexo e, não só queremos ultrapassar esta fase da melhor forma possível, como desejamos que as crianças não sejam negativamente impactadas por todas emoções e as alterações inerentes a um divórcio. Por isso, nessas circunstâncias, é muito importante que os pais, apesar do fim da sua relação amorosa, se permitam a alinhar enquanto família e que, procurem: 1 - Dar espaço ao sofrimento de cada membro do casal - antes do divórcio se efetivar e ser partilhado com as crianças, o casal já sabe que ele vai existir. Nessa fase é essencial que exista espaço individual para cada membro do casal, para que possam ter tempo para si, libertar-se da dor e de tudo aquilo que de menos bom possa estar associado à separação. Para que, posteriormente - em conjunto - consigam amparar a dor dos filhos. 2 - Comunicar com clareza às crianças - é essencial que esta conversa seja tida na presença de ambos os pais, que de forma muito clara e afetuosa comuniquem às crianças a separação e lhes dêem espaço para se expressarem, seja chorar, revoltarem-se ou simplesmente espaço para o silêncio. E, depois, de forma tranquila, devem comunicar as novas rotinas e a nova dinâmica familiar. 3 - Acolher a dor da criança - no período que se segue ao divórcio, é muito importante que as crianças sintam espaço para se expressarem, e sintam que há um colo que é capaz de acolher a sua dor, a sua tristeza ou a sua revolta. Muitas vezes, porque a separação implica muita dor para o próprio casal, os pais procuram fugir da dor dos filhos, no entanto, é absolutamente essencial que sejam colo de forma ativa. 4 - Manterem-se pais a tempo inteiro - ambos os pais devem continuar a sê-lo a tempo inteiro, uma criança precisa de estar segura que mesmo que não veja o pai, ou a mãe, todos os dias eles estão lá como um pilar firme e robusto. Por isso, é essencial que a criança tenha contacto com o pai em casa da mãe e vice-versa. Da mesma forma que a criança deve sentir que todas as decisões importantes sobre si são tomadas em uníssono pelos pais. 5 - Evitar culpabilizar - perante o divórcio, os pais não devem culpabilizar-se mutuamente, e - mesmo que um dos pais tenha sido o elemento que precipitou o fim da relação - é importante que na perspetiva da crianças seja apenas um “tomamos esta decisão, em conjunto, porque sentimos que é o melhor para a nossa família”. No fundo não queremos que a criança associe a separação apenas a um dos pais e que, por isso, a relação com esse pai seja condicionada. Aquilo que precisamos de nos lembrar é que independentemente das guerras entre o casal, os filhos têm direito à imagem protegida de ambos os pais. Para além disso, é importante que a própria criança não se sinta culpada pela separação e que se esse fantasma surgir no coração da criança, os pais fiquem atentos e procurem desconstruí-lo para que a criança não fique presa a uma culpa que não é sua. Perante tudo isto, devemos sempre lembrar-nos que apesar de um divórcio trazer à partida, dor e mágoa para ambos os pais. Não tem necessariamente de ser traumático para uma criança, desde que seja gerido com maturidade, sensatez e muito amor por parte dos pais.

  • 3 estratégias para se libertar da fome emocional!

    A relação que estabelecemos com a alimentação é um reflexo da forma como lidamos com o nosso mundo interno e um reflexo do nosso equilíbrio emocional. A verdade é que a alimentação funciona, muitas vezes, como um escape para o nosso mal-estar e como uma forma de preencher um certo vazio interior. Como se ao alimentarmo-nos pudéssemos adquirir bem-estar e fugir do nosso mundo interno. No entanto, por mais que nos alimentemos nunca a comida pode preencher verdadeiramente o nosso vazio interior, funciona apenas como uma espécie de ‘cuidado paliativo’ que nos permite aguentarmo-nos por mais uns momentos. Desta forma, por muito que nos dê a ilusão de equilíbrio, mais tarde ou mais cedo, podemos colapsar. Assim, para se libertar da fome emocional, é essencial começar por: 1 - Tornar consciente os gatilhos que despertam a fome emocional - é muito importante ficarmos atentos aos momentos que nos fazem quebrar e que nos levam a procurar na alimentação um refúgio. Por isso, procure observar os seus comportamentos e identificar os gatilhos que despertam a fome emocional, por exemplo, questões relacionadas com o trabalho, discussões com familiares, ou situações que fragilizam a sua autoestima. A verdade é que se tivermos consciência desses gatilhos, será mais fácil agir quando eles surgem e evitar a ingestão para compensar a dor emocional associada. 2 - Aceitar as suas emoções - aceitar tudo aquilo que vivencia emocionalmente é fundamental para o bem-estar e para o equilíbrio interno. Por mais difícil que seja a situação e a vivência emocional a ela associada, se a rejeitar terá de encontrar refúgios externos para se distanciar da dor, como por exemplo, a alimentação. Por isso, comece por se permitir aceitar as suas emoções, procurando estratégias adaptadas para lidar com elas. 3 - Aceitar as suas fragilidades e procurar desenvolver a sua segurança interna - sejam quais forem os gatilhos que despertam a sua fome emocional, é essencial procurar estar seguro de si e ter consciente que muitas das nossas lutas internas prendem-se com a dificuldades em aceitarmos os nossos lados menos bons e com o facto de a cada falha nossa nos sentirmos menos seguros e menos capazes. Por isso, é fundamental aceitar as nossas fragilidades e procurarmos desenvolver a nossa segurança interna. A fome emocional é um fenómeno complexo, que se deixarmos que se prolongue no tempo e aumente a sua intensidade, trará consequências significativas quer a nível emocional, quer a nível físico. Por isso, procure inverter este cenário e libertar-se da sua fome emocional. #escoladosentir

  • A saúde mental é uma prioridade?

    A saúde mental está na ordem do dia, já somos capazes de reconhecer que sem saúde mental, não há saúde, que sem saúde mental, não há bem-estar e felicidade. Nunca se falou tanto de saúde mental como se fala atualmente, mas será que agimos de forma a garantir que a saúde mental é uma prioridade? Apesar de ser inequívoca a importância da saúde mental, continuamos a investir pouco nesta área, teimamos em deixar que as nossas vidas prossigam à deriva, sem um rumo. E quando surgem sintomas, sejam eles de ansiedade, de depressão ou qualquer outro sintoma como, por exemplo, tiques, aquilo que - apressadamente - fazemos é tentar ignorar, tentar reagir em ‘fuga para a frente’, passando por cima da mensagem que esse sintoma nos traz, fingindo que não tem verdadeiramente importância. Quando o fazemos, colocamos a saúde mental em segundo plano e criamos condições para o crescimento de quadros de sofrimento psicológico intenso. A título de exemplo, basta repararmos que quando sentimos ansiedade, aquilo que tendencialmente fazemos é rejeitar, dizendo para nós próprios “já vai passar”. Este diálogo acaba por ser tão contraditório para o nosso mundo interno que todos os sintomas - mais tarde, ou mais cedo - acabam por crescer, como se o nosso interior fosse obrigado a gritar para que, por fim, nos permitamos a ouvi-lo. Precisamos de tornar consciente para todos, que quando ignoramos os sintomas, fazemos com que eles ganhem espaço, fazemos com que se transformem em cada vez mais angústia e sofrimento. Por tudo isto, é urgente que a saúde mental passe das palavras às ações, que é qualquer coisa como, quando surgem, os sintomas, olhamos para eles de frente, fazermos um esforço para os desvendar e para os gerir de forma adaptada, que perante o sofrimento psicológico a consulta de psicologia passe a ser uma opção viável e não apenas o último recurso, quando no limite a dor se torna tão desconfortável que o dia a dia começa a ficar comprometido. Nunca nos esqueçamos que, mais do que falarmos intensamente sobre saúde mental, precisamos de agir em prol da saúde mental! #escoladosentir

  • O que não devemos dizer a alguém com depressão!

    Por muito que atualmente procuremos falar acerca de saúde mental, as doenças do foro psicológico são ainda alvo de muito estigma e preconceito. Isto acontece em grande parte porque enraizamos a crença que o adoecer psicológico surge em parte por culpa da própria pessoa que o vivencia e, para além disso, porque há um profundo desconhecimento acerca de tudo aquilo que as doenças de foro psicológico são e implicam. Neste aspecto uma das doenças que é muito falada, mas que existe muita dificuldade na sua aceitação e compreensão é a depressão. Apesar da depressão ser uma doença com altos índices de prevalência, continua a ser das doenças que mais desvalorizamos nas pessoas à nossa volta e que, por isso mesmo, muitas vezes é vivida em silêncio, sem procura de ajuda e sem ser alvo de qualquer tipo de intervenção para a inverter. A verdade é que, não nos podemos esquecer que todos nós temos um papel fundamental na forma como lidamos com as pessoas que vivem doenças mentais, particularmente com quem vive a depressão. Por isso, é absolutamente essencial que percamos algumas das crenças que temos relativamente à depressão e que, sempre que estamos perante alguém com sintomatologia depressiva, evitemos o perpetuar de algumas crenças e frases, são elas: 1 - “Estás assim porque queres!” - ninguém escolhe viver uma depressão, sempre que repetimos esta frase aquilo que fazemos é com que a pessoa se inunde numa profunda culpabilidade, que para além de não a ajudar, irá certamente contribuir para o declínio da sua saúde mental e para o agudizar da depressão. 2 - “Anima-te, isso passa!” - quando dizemos isto temos a melhor das intenções, mas colocamos o peso da cura única e exclusivamente na força de vontade da pessoa para se equilibrar. E é verdade que a pessoa precisa de ter essa motivação para a mudança, no entanto, não é verdade que a cura apenas dependa disso. Assim, quando dizemos isto, aquilo que a pessoa sente é que é fraca e mais uma vez deixa-se contaminar por doses elevadas de culpabilidade que, em momento algum a podem ajudar. 3 - “A tua vida é boa, não tens motivos para estar assim!” - as depressões não surgem de repente, nem ao acaso, são o reflexo de muitas dores acumuladas, de muito sofrimento psicológico que não teve espaço para se expressar. Por isso, por muito que não vejamos de forma clara os motivos que estão a originar uma depressão, eles existem. Quando dizemos à pessoa que não tem motivos, fazemos apenas com que se sinta incompreendida e solitária em toda a dor que está a experienciar. Perante tudo isto, nunca nos esqueçamos que a depressão não é uma escolha de quem a vive, a cura para a depressão não passa apenas pelos esforços da pessoa em manter-se animada e que nenhuma depressão surge por acaso, de ânimo leve na vida de alguém. Por isso, sempre que convivemos com alguém com depressão, ou sintomatologia depressiva, não nos esqueçamos que todas as nossas palavras têm impacto junto de quem as ouve e evitar a perpetuação de crenças que agudizam os quadros depressivos é uma responsabilidade de todos nós. #escoladosentir

  • Porque é que tantos jovens adultos ficam sem rumo?

    Atualmente contactamos com uma taxa muito elevada de jovens adultos com dificuldades do foro emocional sem rumo e sem uma perspectiva de vida que lhes pareça razoável e satisfatória. Seja porque não se encontram na profissão que escolheram - ou que têm oportunidade de exercer - seja porque não se sintonizam nas relações românticas ou, simplesmente porque mesmo tudo estando aparentemente tudo bem, parece existir um vazio que lhes comanda a vida, mais do que uma vida preenchida e plena. Quando olhamos para este fenómeno que está a crescer a passos acelerados, percebemos que não é alheio às elevadas taxas de suicidio e ao ritmo crescente de diagnósticos como a ansiedade e depressão. Mas, afinal, o que acontece para que os jovens adultos parecem estar sem rumo? Ao pensarmos sobre tudo isto, deparamo-nos com a conjuntura económica que todos vivemos atualmente e que contribui em grande parte para que os jovens adultos sintam uma falta do controlo da sua vida e das suas conquistas, o que por si só é absolutamente ‘castrador’ e, naturalmente, gerador de um profundo mal-estar. A isto acresce as expectativas e os padrões sociais, a verdade é que os muitos jovens adultos vivem na dualidade, entre aquilo que desejam e que querem para si e tudo aquilo que os outros imaginam que seria o expectável. Esta dualidade é tendencialmente vista de forma mais marcada na forma como se vive a vida profissional e a vida relacional. Quando isto acontece, ou se sentem a corresponder a si próprios, ou se sentem a corresponder aos outros, fazendo com que, no limite, vivam em fratura. Esta dinâmica interna dificilmente será capaz de dar lugar ao bem-estar psicológico. Para além disso, não nos podemos esquecer que há por parte destes jovens adultos uma grande dificuldade em gerir emoções, particularmente em tolerar a frustração. Ora, seja qual for o processo, nunca correrá sempre tudo bem, haverá sempre falhas e imperfeições e para lidar com elas, é preciso robustez emocional. Muitas vezes, perante a falha a opção é a fuga, no entanto, esta opção raramente é eficaz, porque por muito que se fuja, o nosso interior, as nossas fragilidades e as nossas dores, irão sempre connosco para onde quer que vamos. Perante tudo isto, não nos podemos esquecer que há factores externos que não podemos controlar, mas que a fonte de bem-estar precisa de vir de dentro de cada um de nós. Só quando internamente estamos plenos com as nossas emoções, ações e decisões podemos desejar sentirmo-nos no rumo certo, alinhados com tudo aquilo que desejamos para nós próprios, independentemente, de tudo aquilo que os outros possam desejar. Sendo certo que é da sintonia do mundo interno que se chega, por fim, à sintonia do mundo externo e ao bem-estar global. #escoladosentir

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