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289 itens encontrados para ""

  • 3 fatores que lhe permitem avaliar a sua pressão no trabalho!

    O ritmo dos dias é, muitas vezes, demasiado acelerado, demasiado exaustivo e por entre todas as exigências de cada um de nós, é muitas vezes o trabalho que acaba por se tornar um ponto de desequilíbrio e até, no limite, de saturação física e emocional. Para alguns de nós o trabalho representa uma missão de vida, reflete um talento, para outros reflete apenas uma necessidade que permite o equilíbrio financeiro, por exemplo. A verdade é que seja quais forem as circunstâncias, devemos sempre avaliar o peso que o trabalho acaba por assumir no dia a dia e no bem-estar de cada um de nós, de forma a, garantir que a pressão exercida pelo trabalho não nos bloqueia e não é um travão para as restantes áreas da nossa vida. Para isso, é importante avaliar alguns aspectos, dos quais destacamos: 1 - Relações estabelecidas no local de trabalho - seja em versão presencial, seja em versão online, são as relações que são estabelecidas no local de trabalho que determinam, grande parte da satisfação durante um dia de trabalho. Por isso, pare e reflita acerca das suas relações, quer com os pares, quer com a hierarquia. Está perante relações saudáveis que lhe permitem o crescimento e o bem-estar? Ou perante um contexto de relações que o levam a uma situação de desgaste? 2 - Desgaste físico e emocional - por vezes, pelas exigências de cada trabalho, pela necessidade de se cumprir objetivos ou a ambição de se atingir a perfeição laboral, dá-se o cenário de um profundo desgaste físico ou emocional. Este cenário pode acontecer até mesmo quando se é apaixonado pela profissão. Por isso, é absolutamente essencial, refletir acerca da forma como o trabalho está, ou não a desgastar-nos quer fisicamente, quer emocionalmente. Aproveite e reflita se sente que está a dar demasiado de si ao seu trabalho? Olhe para os seus tempos de pausa, consegue usufruí-los ou o seu corpo está demasiado cansado do trabalho? Ou, de outra forma, consegue usufruí-los ou a sua mente está demasiado preocupada com o que foi feito ou com o que precisa de ser feito? 3 - Recompensa económica do trabalho - o fator económico é absolutamente fundamental e permite a cada um de nós alcançar não só a satisfação de necessidades básicas, como a qualidade de vida. Quando perante o trabalho exercido, sentimos que a recompensa económica não nos permite a estabilidade que necessitamos, inicia-se regra geral, um ciclo de ansiedade para com as necessidades do dia a dia e os desejos para o presente e para o futuro. Reflita se o seu trabalho lhe dá a recompensa que espera? Se não der, analise, se é um processo e se está em fase de crescimento e essa recompensa irá chegar, ou por outro lado se está perante uma fase de estagnação. Perante tudo isto, é essencial não nos esquecermos que o trabalho é uma componente muito importante da nossa vida, que nos permite equilíbrio financeiro, que muitas vezes nos permite fazer coisas das quais gostamos e cumprir uma missão de vida. Apesar disso, nunca o trabalho se deve sobrepor a nós próprios, nunca o trabalho deve ser o único motor da nossa vida, sob pena do desgaste se tornar tão grande, que, com o tempo, cheguemos a uma situação limite e, nessa situação, nem o trabalho nos salvará. Assim, após refletir sobre o seu trabalho, se necessário comece a agir e a tomar decisões que o levem a uma relação mais positiva e saudável com o seu trabalho. #escoladosentir

  • Seremos mesmo livres?

    A liberdade é uma das condições fundamentais à vida de cada um de nós, viver em liberdade é uma alavanca para a nossa essência, para o nosso bem-estar e para as nossas conquistas. Hoje, vive-se em liberdade, mas será mesmo assim? Será que cada um de nós é verdadeiramente livre? A liberdade representa um todo muito extenso e vai muito para além daquilo que é físico, daquilo que é ou não possível, só somos livres se internamente conseguirmos sê-lo. Isto é, só somos verdadeiramente livres se, entre muitas outras coisas, conseguirmos ser autênticos, independentes, responsáveis, se nos permitirmos a sentir, a pensar e a agir livres de condicionamentos. A verdade é que apesar de, por vezes, acreditarmos que somos livres, quantas vezes vivemos internamente numa ditadura, ditada por tudo aquilo que a sociedade, a família ou os outros esperam de nós? Nessas circunstâncias, a nossa liberdade fica restringida e, mais vezes do que todos desejaríamos, acabamos por deixar de tomar decisões de acordo com o nosso interior, com o que queremos, para passarmos a tomar decisões de acordo com a expectativa que os outros depositam sobre nós. Perante tudo isto, é essencial que cada um de nós reflita de forma consciente e ativa acerca da forma como consegue, ou não, ser livre. Em todas as áreas que não nos sintamos livres, devemos começar por trabalhar o nosso autoconhecimento, a descoberta dos nossos interesses, dos nossos valores, para a partir daí, descobrirmos aquilo que somos e aquilo que queremos. Só depois desta descoberta podemos desejar e procurar alcançar a nossa liberdade interna e sermos fiéis ao nosso interior. Neste sentido, que nunca nos esqueçamos que para que se faça 25 de Abril dentro de nós, para que sejamos livres, precisamos de ser capazes de assumir quem somos, assumir as nossas convicções e ser capazes de agir de acordo com o nosso interior. #escoladosentir

  • Já teve ataques de pânico?

    Um ataque de pânico é uma experiência absolutamente avassaladora, que leva quem o vivencia até uma sensação de ‘quase morte’. O ataque de pânico caracteriza-se pela sua rapidez, intensidade e pelo misto de sintomas físicos e emocionais. Quando os ataques de pânico surgem, pelo desconforto que implicam, levam à procura rápida de uma forma de os dominar. Isto é, a tendência natural perante ataques de pânico, regra geral, passa por tentar medidas para os controlar, seja através da respiração, seja através de estímulos físicos, ou de visualização de outros cenários, por exemplo.  No entanto, quando se quer que os ataques de pânico efetivamente reduzam de intensidade e frequência é muito importante olhar para lá de tudo aquilo que é evidente. Uma vez que as medidas que permitem controlar um ataque de pânico apenas apresentam um efeito paliativo, não permitem a sua compreensão e a análise do seu real significado. Para que a solução vá para além do paliativo, para que os ataques de pânico se possam extinguir sem darem lugar a outro tipo de sintomas,  é imprescindível compreender tudo aquilo que representa um ataque de pânico. Por norma, um ataque de pânico surge na sequência de uma grande contenção emocional. Assim, um ataque de pânico representa um grito de ajuda do interior de quem o vive, procura levar a pessoa sintonizar-se consigo própria e permite ‘drenar’ e atirar para fora de si — de forma quase hemorrágica — tudo aquilo que  não foi expresso, tudo aquilo que se procurou ignorar, esconder ou que não teve espaço de integração no interior de cada um. Perante tudo isto, as soluções efetivas para ataques de pânico recorrentes precisam de passar sempre pela aprendizagem emocional, pela capacidade da pessoa aprender a valorizar, a expressar e a dar um sentido a tudo aquilo que vai experienciando no seu dia a dia. Só quando a contenção emocional for extinta e, a par dessa extinção, se for capaz de lidar com as emoções, se pode desejar o fim dos ataques de pânico, sem que à custa disso, surjam outro tipo de sintomas. Lembremo-nos, em síntese, que um ataque de pânico é um pedido de ajuda do nosso interior e do nosso corpo e que precisamos de responder a esse pedido de ajuda, olhando para ele, muito para lá de tudo aquilo que nos parece claro e evidente. #escoladosentir

  • Os benefícios do desporto no desenvolvimento infantil!

    A infância é uma fase de vida absolutamente determinante e tudo aquilo que acontece na infância tem impacto por toda a vida. Por isso mesmo, a infância é uma das melhores fases para existir estimulação e promoção de competências. Neste sentido, o desporto é um grande aliado na promoção de competência de uma criança e proporciona um grande leque de benefícios, dos quais destacamos: 1 - Aprender a ser persistente e a superar-se - a prática de um desporto implica diversos desafios, que nem sempre são simples para uma criança, à medida que os vai ultrapassando e que a aquisição das técnicas necessárias à prática do desporto se dá, a criança vai desenvolvendo a sua capacidade de persistir e de se superar perante os desafios que vão surgindo; 2 - Aprender a tolerar a frustração - num desporto, invariavelmente, existem sucessos e fracassos, por isso, uma criança precisa de ir aprendendo a tolerar a frustração inerente ao fracasso e a desenvolver as estratégias necessárias para lidar com essa frustração; 3 - Facilitar a adesão às normas sociais e capacidade lidar com a autoridade - os desportos têm um sem fim de normas pré-definidas e um treinador, para uma criança evoluir no desporto tem de aprender a respeitar as normas e a lidar de forma eficiente com a hierarquia e a autoridade; 4 - Desenvolver relações e trabalho de equipa - mesmo nos desportos mais individualizados, há sempre um grupo de treino e uma equipa por trás do desporto. O desporto é assim, um facilitador da capacidade de estabelecer relações saudáveis e da capacidade de trabalhar em equipa; 5 - Expressar as emoções - o desporto desperta muitas emoções e permite a sua expressão de forma aberta e fluida. É, por isso, muitas vezes através do desporto que uma criança se permite a expressar tudo aquilo que vai vivenciando dentro e fora do desporto. Perante todos estes benefícios, nunca nos esqueçamos que o desporto será sempre um facilitador do desenvolvimento das crianças e todas as competências adquiridas na prática do desporto, vão transpondo-se para as outras áreas de vida da criança potenciando-a e trazendo-lhe bem-estar. #escoladosentir

  • As emoções têm impacto na saúde física!

    Muitas vezes, optamos por desvalorizar a nossa saúde mental e por fazer todos os possíveis para não ouvirmos as nossas emoções. A verdade é que é fácil acreditar que se podem ignorar as experiências emocionais. Apesar disso, ignorar as nossas emoções é apenas uma solução paliativa e — quer se queira, quer não se queira — as emoções terão sempre de se expressar e, de alguma forma, sair de dentro de quem as vive. Há várias formas de se permitir que as emoções se expressem, podem expressar-se pela palavra, pelas ações, pela escrita, pelo exercício físico, pela arte, entre outras opções. A única opção que não é válida é a contenção emocional e, sempre que ela existe, naturalmente, as emoções vão ter que encontrar uma forma menos adaptativa para se expressar, mas vão expressar-se. Uma dessas formas menos equilibradas é o adoecer físico. Isto é, a ausência de expressão emocional, em situação limite, leva à necessidade do corpo pedir ajuda e — muitas vezes — o corpo pede ajuda através de sintomas físicos. Sintomas esses que podem começar de uma forma isolada, mas que, se também eles forem ignorados, pode levar a quadros de doença efetiva. As questões físicas que de forma mais comuns estão associadas a fragilidades do foro emocional prendem-se, entre outras, com fragilidades ao nível do sistema digestivo, fragilidades dermatológicas, dores de cabeça persistentes e doenças auto-imunes. Nestas circunstâncias, os sintomas que surgem são alvo de tratamento médico, mas a inversão do quadro de doença ou a sua remissão passa pela intervenção psicológica estruturada. Assim, para que exista um equilíbrio do corpo físico, é essencial aceitar que os sintomas têm origem emocional e para os fazer entrar em remissão é essencial alterar o quadro mental, a forma como se lida com as emoções, nomeadamente a forma, como cada um está disponível para ouvir os sinais que as suas emoções enviam, está disponível para as expressar e as deixar sair de dentro de si e, só depois, se permite a geri-las, isto é, a enquadrar cada emoção na sua história de vida, a atribuir-lhe um significado na sua história e ganhar clareza e saúde a partir dessas emoções. Em linha de síntese, nunca nos esqueçamos que a saúde física e a saúde mental são absolutamente indissociáveis e que uma exponencia a outra, só com equilíbrio da componente física e mental pode, de facto, existir saúde. #escoladosentir

  • 3 estratégias para combater as oscilações de humor!

    A saúde mental é influenciada por várias áreas da vida de cada um de nós, sendo que um dos principais sinais que surge quando a saúde mental se encontra frágil é o surgimento de oscilações de humor. Ou seja, a pessoa sentir que, por exemplo, tanto se sente energética e alegre, como num espaço de tempo reduzido, passa para o polo oposto num registo de inércia e tristeza. As oscilações frequentes de humor são difíceis quer para quem as vive, quer para quem vive perto da pessoa que passa por elas. Sendo que, ao mesmo tempo que a pessoa se sente mal consigo própria com as suas próprias oscilações de humor, acaba por contaminar também as suas relações mais próximas e profundas. Neste sentido, para combater as oscilações de humor, é essencial começar por: Tomar consciência dos gatilhos que levam a essas oscilações - desenvolver o autoconhecimento é essencial, à medida que se toma consciência dos fatores que despertam a oscilação de humor, torna-se mais simples quer controlar o surgimento desses fatores, quer adquirir novas formas de reagir a esses fatores; Partilhar com as relações importantes aquilo que se está a experienciar - ter uma rede de apoio é estruturante e absolutamente determinante para a regularização do humor. É importante que exista espaço para se expressar tudo aquilo que se está a experienciar, o que além de permitir a libertação emocional, permite a quem está mais próximo ter uma certa compreensão de tudo aquilo que está a acontecer e, por isso, agir de forma mais adequada às necessidades da pessoa que vive as oscilações de humor; Olhar para as dores e procurar integrá-las - quando as dores do foro psicológico surgem, torna-se muitas vezes mais simples, ignorá-las, no entanto, essa solução é apenas paliativa. Mais tarde ou mais cedo, os sinais e sintomas - como por exemplo, a oscilação de humor - vão acabar por surgir. Por isso, é absolutamente imprescindível, parar de fugir das dores psicológicas, olhá-las de frente, procurar compreendê-las e integrá-las na história de vida de cada um, para que, depois destes passos, possa existir a libertação dessa dor e, por consequência, o equilíbrio emocional. Perante tudo isto, é essencial termos presente que as oscilações de humor, são o resultado de diversas variáveis e que para as combater, é essencial dedicar algum tempo a esse processo, existir espaço para pensar, para expressar as emoções e para as aceitar e ganhar clareza acerca de toda a história de vida de cada um. #escoladosentir

  • Sente que o seu filho é feliz?

    Aquilo que todos os pais querem é que os seus filhos sejam felizes, apesar disso, não são raras as vezes, que contactamos com pais que ficam na dúvida se de facto os seus filhos são felizes e, de repente, vivem inundados na dúvida se fazem o suficiente para garantir a felicidade de um filho. Perante isto, é essencial não nos esquecermos que não existe felicidade sem que haja espaço a todo o mundo emocional, isto é, não existe felicidade, sem que exista espaço para a tristeza, a raiva, a alegria e o medo, por exemplo. E é precisamente neste ponto que muitas vezes se está a falhar, isto é, na ânsia de se desejar que um filho seja feliz, são demasiadas as vezes em que se procura impedir que surja a tristeza, ou o medo, por exemplo. Afinal, se pensar bem, quantas vezes, não reparou que o seu filho estava triste por algum motivo e não lhe disse “não chores, não estejas triste”. No fundo, quando fazemos isto com uma criança, atiramos a tristeza para bem longe dela, não a validamos, nem lhe damos espaço para existir. Ou, pense agora noutro exemplo, quando surge um medo, como por exemplo o medo de fantasmas, quantas vezes disse “não tenhas medo, não há fantasmas!”, fugindo do medo da criança e reduzindo tudo aquilo que ela está a sentir. Os fantasmas, regra geral, representam muito mais do que apenas isso, e é essencial validar tudo aquilo que a criança sente, e, apenas depois disso, a trazer para a realidade e, se necessário, mostrar-lhe outra perspetiva. Se fica demasiadas vezes assustado com a possibilidade do seu filho não ser feliz, faça uma análise, em primeiro lugar, ao espaço que está a dar a todas as emoções que ele vivencia. Depois, de o fazer, opte por analisar porque tem esse medo, na verdade o que representa essa possibilidade para si e o que diz essa possibilidade a respeito daquilo que é, enquanto pai, ou mãe? Pense ainda se, enquanto criança, se sentiu uma criança feliz, procure identificar momentos de felicidade na sua infância, ou momentos em que sentiu falta dessa felicidade, e procure perceber como é que esses momentos o impactam enquanto pai, ou mãe. Esta tomada de consciência ajudará a orientar a forma como exerce a parentalidade e ajudará a identificar a direção certa. Para além disso, lembremo-nos sempre que uma criança para ser feliz, não precisa que os seus pais sejam perfeitos. Aquilo que precisa é que se sintonizem com ela, que lhe dêem espaço para ser ela própria e para vivenciar todas as suas emoções, precisa ainda de se sentir amada e de sentir nos pais uma base de segurança firme e robusta. Se tudo isto existir, temos reunidas as condições para que uma criança, em tudo aquilo que é, cresça tranquila e feliz. #escoladosentir

  • Sabe como deve apoiar alguém com uma frágil saúde mental?

    Uma saúde mental frágil tem implicações no dia a dia e condiciona as relações mais próximas. Sempre que numa família existe alguém com fragilidades significativas ao nível da saúde mental que compreendam, por exemplo, oscilações de humor, crises de impulsividade, isolamento, entre outros sintomas, torna-se muitas vezes difícil a gestão da vida familiar e a manutenção de relações saudáveis, positivas e duradouras. Assim, quando numa família existe uma problemática de saúde mental, é muito importante que toda a família se reorganize e se alinhe de forma a manter o equilíbrio de todos os seus elementos. Por isso, sempre que se convive com alguém com fragilidades significativas ao nível da saúde mental, devemos lembrar-nos de: 1 - Procurar compreender emocionalmente a pessoa - nem sempre os problemas de saúde mental são compreendidos por quem está em redor da pessoa que está em sofrimento. Neste sentido é muito importante procurar compreender aquilo que a pessoa está a sentir, valorizar e validar emocionalmente aquilo que  a pessoa vivencia. Quando a pessoa que está em sofrimento percebe que há à sua volta alguém capaz de a compreender, mais facilmente o sofrimento perde expressividade e impacto. 2 - Impor limites e respeitar limites - é essencial que os limites de quem está em sofrimento sejam claros, mas também que os limites de quem está à sua volta sejam definidos de forma muito clara e palpável. Ao existir um conhecimento concreto daquilo que pode, ou não ser feito, daquilo que pode, ou não, magoar os outros, é mais fácil existir uma gestão dos impulsos e das ações. 3 - Cuidar de si próprio - é comum que quando um elemento da família está frágil, os restantes se alinhem para alavancar o seu bem-estar. O problema apenas existe quando, à custa de promover o bem-estar da pessoa que está frágil, se deixa de cuidar de quem está bem e se deixa de dar importância ao bem-estar emocional de quem cuida. Desta forma, para que a família se mantenha alinhada, também os elementos que estão em equilíbrio precisam de forma constante de cuidar de si, de expressar o que sentem com a situação e de encontrar espaço para lidar com as suas próprias emoções. Conviver com dificuldades ao nível de saúde mental de pessoas importantes para cada um de nós é um desafio muito difícil e desgastante, que exige reconexão da família, definição de limites, valorização emocional e, se necessário pedir ajuda, para que, ao mesmo tempo que se é alavanca para quem está frágil, não se perca a saúde de quem tem a função de suporte. #escoladosentir

  • Sabe se o seu filho está preparado para o 1º ano?

    A altura em que uma criança entra no primeiro ano escolar é absolutamente fundamental para determinar o seu sucesso académico. A verdade é que, atualmente, ainda são muitas as crianças que entram no primeiro ciclo sem que exista a maturidade necessária que permita alavancar a sua aprendizagem. Mas, também é verdade que há um número significativo de crianças que atrasam a entrada e saem prejudicadas com esse movimento, seja porque olham para essa não entrada na escola como um insucesso, seja porque em algumas circunstâncias se perde uma janela de oportunidade ideal para aprendizagem. Sendo assim, analisar se uma criança está, ou não, preparada para entrar no primeiro ano é essencial para as crianças em regime de entrada ‘condicional’ na escola, mas é também importante para as restantes crianças. Uma vez que o desenvolvimento, nem sempre é linear e podem existir situações atípicas, que justifiquem o atraso ou a antecipação desse passo. Neste sentido, os principais factores aos quais devemos estar atentos quando chega o momento da decisão, são: Fatores cognitivos e de desenvolvimento global — é essencial que algumas características estejam adquiridas para que a aprendizagem se dê, falamos de áreas associadas ao raciocínio prático, à audição, à linguagem, à motricidade, à lateralidade, entre outras áreas de desenvolvimento. Fatores emocionais — antes da entrada na escola é muito importante que se avalie a capacidade da criança lidar com as emoções, de lidar com a frustração, de se manter persistente perante a falha e avaliar os seus níveis de segurança interna. Fatores sociais e familiares — a entrada na escola exige que a criança seja capaz de estabelecer relações é, por isso, importante ter em atenção a capacidade da criança de se relacionar com o grupo de pares, de manter relações positivas e às suas condições familiares, uma vez que a entrada na escola implica alterações familiares e disponibilidade para a estimulação adequada da criança. Por tudo isto, nem sempre a altura certa para entrar na escola é igual para todas as crianças. Apesar dos seis anos de idade serem um indicador de que estão reunidas as condições necessárias para a aprendizagem, nem sempre isto é linear e uma avaliação de maturidade escolar pode não só determinar se a criança deve ou não ir para a escola, como fornecer informação acerca de um conjunto de áreas que precisam de maior estimulação e de quais as estratégias mais indicadas para o sucesso académico de cada criança em específico. #escoladosentir

  • Cuidamos da saúde mental da mulher?

    Ser mulher implica um sem fim de exigências que nem sempre são fáceis de conjugar e que, muitas vezes, testam o seu equilíbrio e a sua saúde mental. A sociedade é particularmente exigente com as mulheres, desde crenças relativamente aos comportamentos certos e errados, exigências familiares, exigências profissionais, entre muitas outras. Nestas circunstâncias, nem sempre é fácil para uma mulher encontrar-se, permitir-se a sentir e permitir-se a ser quem é em plenitude e livre de condicionamentos sociais e familiares. A verdade é que as mulheres têm, regra geral, uma tendência maior a expressarem as suas emoções, o que — indiscutivelmente — seria benéfico para a sua saúde mental e as colocaria em vantagem nesta área. Mas por outro lado, em clara oposição, as mulheres também têm uma probabilidade maior de que as suas emoções sejam desvalorizadas e ignoradas. Quantas vezes já não ouviu “é mulher, está a dramatizar!”, “só chora, parece uma menina!”, “se trabalhasse como um homem, não tinha tempo para estar deprimida!”? Perante este cenário, não há como a expressão emocional, tendencialmente, mais apurada das mulheres cumprir a sua função de equilíbrio, porque as emoções que são expressas são incompreendidas e a dor que é expressa é muitas vezes vivida no vazio e na ausência de um ‘colo’ reparador e protetor. Perante tudo isto, o equilíbrio e a saúde mental da mulher são muitas vezes colocados em risco. E há períodos mais fracturantes e aos quais é essencial estar atento, como por exemplo as fases de transição de vida, o período gravidez e pós-parto, a fase da menopausa, a fase do ninho vazio — saída dos filhos de casa —, ou até mudanças familiares. São alturas em que a mulher tende a ser colocada à prova e, por vezes, a ser desvalorizada. É, por tudo isto, absolutamente essencial que a saúde mental da mulher seja um tema e que tenha o protagonismo que merece, para os mais cépticos os números são claros e corroboram esta necessidade. Assim, se preferirmos olhar para as estatísticas, percebemos que há uma probabilidade maior de as mulheres sofrerem ansiedade, depressão ou outras problemáticas do foro emocional. Fica, desta forma clara, a necessidade urgente de que as mulheres tenham espaço para pedir ajuda, tenham espaço para a sua expressão emocional e que as exigências que lhes são feitas ao longo do crescimento e da vida, encontrem um ponto de equilíbrio. Nunca nos esqueçamos que ao cuidarmos da saúde mental das mulheres, estamos a cuidar também de todos nós. #escoladosentir

  • Ter hábitos é bom para si?

    Enquanto seres humanos, somos pessoas de hábitos, são os hábitos aliados às rotinas que nos transmitem uma certa sensação de previsibilidade e que, por isso mesmo, nos dão segurança e nos trazem bem-estar. Numa perspetiva mais ampla sobre nós, os hábitos devem ter o poder de nos alavancar. No entanto, nem sempre é fácil consolidar de forma consistente os hábitos que nos trazem benefícios, sejam hábitos de sono, de performance, de promoção de saúde mental ou de saúde física. Para que um hábito positivo se instale é necessário algum esforço, dedicação e, principalmente, motivação. Por outro lado, em contraponto, é muito fácil deixarmos que hábitos menos positivos para nós se instalem e que ganhem dimensão significativa no nosso dia a dia. A verdade é que os hábitos negativos se instalam com muito mais facilidade que os positivos, regra geral, porque ao invés de concederem o bem-estar a longo prazo, concedem o bem-estar a curto prazo. E, quando o bem-estar é imediato, é demasiado fácil cairmos na habituação ou até no registo de vício. Imaginemos, por exemplo, que gostaria de ter uma alimentação saudável, o hábito de se alimentar de forma saudável, implica mudanças, que geralmente trazem dificuldades na fase inicial e o resultado de uma alimentação saudável só se verifica a longo prazo. Obrigando-o a ser capaz de se manter alinhado com o processo antes mesmo de obter os benefícios associados ao hábito positivo que procura instalar. Por outro lado, uma alimentação não saudável - como por exemplo o fast food - traz a satisfação imediata e gera viciação. Por isso, mesmo o hábito de uma alimentação de fast food, por exemplo, é mais fácil de consolidar, que o hábito de uma alimentação saudável. Tudo isto serve de ponto de partida para se analisar o dia a dia e se pensar acerca dos hábitos que se está a adoptar e o impacto que eles têm no dia a dia e no bem-estar pessoal a curto e longo prazo. Após fazer esta análise, estaremos alinhados para eliminar os hábitos negativos e criar espaço para a consolidação dos hábitos positivos. Sendo certo que um hábito só é bom para uma pessoa, se com ele vierem benefícios, se com esse hábito se alavancar o bem-estar geral e o desempenho não só a curto prazo, mas também a longo prazo. #escoladosentir

  • 4 estratégias para lidar com os pensamentos repetitivos!

    Os pensamentos são um fenómeno complexo e são, muitas vezes, o resultado da conjugação das nossas vivências, das nossas emoções, das nossas ações e de muitas memórias acumuladas. Por vezes, pensamos de forma direcionada com vista a tomar decisões ou encontrar soluções, por exemplo, e encontramos no pensamento o nosso motor para a ação. Mas, também acontece o pensamento funcionar como um travão, quando, por exemplo, o nosso pensamento sobre determinado assunto surge de forma repetitiva, chegando por vezes ao limiar do obsessivo. A verdade é que quando surgem os pensamentos repetitivos são, regra geral, tendencialmente catastróficos e podem levar a um lugar de angústia e mal estar. Por isso, é essencial estar atento aos pensamentos que vão surgindo, principalmente aos que vão surgindo de forma repetitiva. Quando estes aparecem deve procurar-se tranquilizá-los, impedindo que aumentem a sua dimensão a cada instante. Para isso, é importante começar por: 1 - Ouvir os pensamentos - deve permitir que os pensamentos fluam e existam dentro de si. Ou seja, numa primeira fase é essencial não ignorar esses pensamentos, aceite que eles estão a surgir e  reconheça o impacto que têm no seu dia a dia ou no seu bem-estar. Se procurar apenas não ouvir os pensamentos e ignorá-los, haverá uma tendência a aumentar o seu mal-estar psicológico e a aumentar a persistência desses pensamentos. 2 - Explorar a origem dos pensamentos - tente descobrir quais os principais fatores, ou contextos, que despertam os pensamentos repetitivos. Depois, tente perceber o motivo de surgirem, nessas circunstâncias, procure explorar ainda as suas memórias associadas a esses pensamentos, para aos poucos descobrir a sua origem. 3 - Desconstrua os seus pensamentos - no fundo coloque questões aos seus pensamentos, procurando desconstruí-los e fazendo com que eles percam a expressividade e a dimensão mais catastrófica. Ao colocar questões ao pensamento, acaba por racionalizar o pensamento e ele, naturalmente, vai perdendo a sua intensidade. 4 - Aceitar a dor, ou medo, que os pensamentos transmitem - quando os pensamentos surgem repetidamente podem estar a carregar em si uma dor ou um medo. Por isso, é importante, após analisar tudo aquilo que está associado a esses pensamentos, que procure aceitar a dor ou medo existente subliminarmente por detrás desses pensamentos, ou — quando possível — tomar as ações necessárias para minimizar essa dor ou medo. No fundo, os nossos pensamentos surgem na sequência de toda a nossa história e ajudam-nos a enquadrar situações, emoções e ações, por exemplo. Apesar disso, nem sempre são vantajosos para nós, e é por isso muito importante que, sempre que necessário, se consiga desconstruir o pensamento de forma a impedir que a sua repetição funcione como um elemento desestabilizador no equilíbrio interno de cada um. #escoladosentir

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