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Foto do escritorEscoladoSentir

Sentir raiva, é saudável!

Passamos grande parte dos nossos dias preocupados com aquilo que está certo e com aquilo que está errado, queremos a todo o custo fazer o que à partida consideramos correto e no que toca às nossas emoções temos tendência a ter comportamentos e ações que não só não estão corretos, como são comportamento “anti-saúde”, tal como, muitas vezes, fazemos com a nossa raiva.


Isto é, teimamos em acreditar que ter raiva é feio e fazemos todos os possíveis para ignorar a nossa raiva. Mas, sempre que o fazemos apenas nos limitamos a acumular dentro de nós tudo aquilo que devíamos ser capazes de expressar e de libertar, para nos tornarmos mais leves e de bem connosco próprios.


A verdade é que sempre que vivenciamos uma injustiça, vamos experienciar raiva como uma forma de nos alertar para essa injustiça e, nessas circunstâncias, temos - naturalmente! - o instinto de atacar. No entanto, sabemos que não devemos atacar e aquilo que fazemos em vez de encontrarmos uma forma adaptada de expressar e libertar a nossa raiva, é acabar por contê-la.


Sempre que contemos a raiva, contribuímos para o aumento da nossa angústia e da nossa impulsividade. Uma vez que a raiva contida vai sempre ter de se expressar seja no momento certo ou, mais tarde, sob a forma de expulsão, ou até sob a forma do adoecer físico.


Por isso, se queremos respeitar as nossas emoções, é essencial aceitarmos que podemos sentir raiva, que sentir raiva é saudável e que é um sinal que o nosso corpo está em equilíbrio e nos está a alertar para tudo aquilo que se passa à nossa volta.


Assim, a fórmula será: permita-se sentir raiva, sempre que vivencia uma injustiça! E, permita-se a expressar essa raiva sempre que a sente - expresse seja através da palavra, mostrando aos outros o que está a sentir, seja através do exercício físico ou até através da arte, por exemplo, o mais importante é que de forma clara e consciente nos permitamos a libertarmo-nos da nossa raiva, dando espaço para que ela saia de dentro de nós.


Depois de se libertar da sua raiva, permita-se a dar-lhe um significado, isto é, a perceber porque motivo a situação ou a pessoa em questão, o faz sentir essa injustiça? Há alguma coisa que possa fazer ou reforçar internamente para que, numa próxima circunstância, não sinta a situação/pessoa da mesma forma? No fundo, é essencial pensarmos de forma consciente, pensar quais os principais contornos dessa raiva, de forma a, minimizarmos o impacto de situações futuras e a garantirmos que a raiva saiu mesmo de dentro de nós.

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