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Que este regresso às aulas seja em liberdade!

Arranca esta semana o regresso às aulas, crianças, adolescentes, famílias e professores preparam com afinco e com esperança este regresso às aulas.


O regresso às aulas é sempre feito de muitas emoções e nunca acontece à margem de alguma ansiedade entre o regresso à rotina, a adaptação aos professores e amigos novos e o receio de falhar e não obter boas notas. Mas por outro lado, também não acontece à margem de alguma magia, de quem já tinha saudades de abraçar os amigos, de quem adora material escolar e de quem gosta de aprender.


Mas, desde a fase pandémica que o regresso às aulas é feito de mais dúvidas que certezas, por agora começamos com ensino presencial, mas sem certezas que assim se manterá e sem sobressaltos até ao final do ano lectivo.


É certo que todos precisamos de manter-nos alerta na luta contra a pandemia e precisamos de ter cuidados redobrados que outrora não tínhamos, mas também é certo que vamos entrar no terceiro ano letivo consecutivo pautado por um pandemia e não podemos permitir que o desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes fique comprometido.


Quer queiramos pensar sobre isso ou não, o ensino online não é tão preciso nem tão eficaz, e é tão mais difícil quanto mais novas são as crianças. Assim no ensino primário as competências ficam comprometidas com o ensino online e no ensino pré-primário as competências de pré-aquisição de escrita e leitura ficam também elas altamente comprometidas.


Vejamos as crianças que estão este ano letivo na sala dos cinco anos, estiveram todo o período pré-escolar com uma pandemia, sendo que competências como motricidade fina ou coordenação olho-mão, por exemplo, podem não ter sido desenvolvidas de forma eficaz.


Por tudo isto, este ano letivo é fundamental que seja encarado como um ano crucial e decisivo para as nossas crianças, que o tentemos levar até ao fim com o mínimo de interrupções possíveis, para que tudo aquilo que não foi desenvolvido quer a nível cognitivo, quer a nível social, nos dois anos anteriores possa agora ser desenvolvido e consolidado, de forma robusta. E principalmente para que as nossas crianças possam - a par de todos os cuidados - sentir-se livres.


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