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Os comportamentos das crianças, dizem-nos mais do que as palavras

Foto do escritor: EscoladoSentirEscoladoSentir

As crianças - como todos nós - precisam acima de tudo de se sentir amadas e de sentir que, no colo dos pais (ou de outra figura de referência) encontram espaço para existir, para se permitirem a mostrar tudo aquilo que são as suas coisas boas e também para se permitirem a mostrar tudo aquilo que são os seus lados menos bonitos ou mais sofridos.


Mas, apesar desta ser a principal necessidade das crianças, muitas vezes, dedicamos muito pouco tempo a essa necessidade e, por entre a correria do dia a dia, acabamos por nos desligar, assumindo uma postura mais funcional e menos proativa ao nível das necessidades emocionais das crianças.

A verdade é que se para os adultos as emoções não são sempre fáceis de partilhar com os outros ou de elaborar e dar significado, para as crianças também não é um caminho simples e sem sobressaltos. E, muitas vezes, o caminho mais fácil é guardar para dentro de si aquilo que é o seu mundo emocional.

Por isso, se queremos que as crianças sejam capazes de olhar para as suas emoções e de partilhar aquilo que vivenciam, é essencial que os adultos se tornem pontes para o mundo emocional da criança, assim, devemos ficar atentos não só ao que as crianças expressam por palavras, mas também a tudo aquilo que elas nos dizem com o corpo todo.

Isto é, cada gesto, cada movimento mais agido ou mais passivo, dá-nos informação da forma como uma criança se sente e devemos ser capazes de utilizar a linguagem não verbal das crianças como uma coordenada para chegarmos ao coração da criança e para lhe abrimos o colo a tudo aquilo que vivencia.

Neste sentido, por exemplo, existem birras que de alguma forma sentimos que são uma manipulação da parte da criança e essa é uma coordenada para agirmos com limites e firmeza, mas, por outro lado, existem birras que são quebras emocionais da criança e, nesse caso, a coordenada certa será responder com afeto e proximidade.


No fundo, nunca nos devemos afastar da ideia de que uma criança será tão mais feliz quanto mais amor tiver e quanto mais espaço tiver para o seu mundo emocional se expressar de forma adequada. Se, a par disto, formos capazes de ler as coordenadas dos comportamentos das crianças, estaremos a dar-lhes aquilo que precisam para se desenvolver emocionalmente.

Neste caminho, o grande desafio, é sermos capazes de ouvir até aquilo que as crianças não nos dizem, mas nos vão mostrando no seu dia a dia pelas sua atitudes, por meias palavras e estados emocionais, assim, se uma criança está rabugenta, devemos ser capazes de parar junto dela, de a sentir e traduzir-lhe por palavras tudo aquilo que se passa dentro dela, de forma a dar-lhe a segurança de que, aconteça o que acontecer, está sempre ali alguém capaz de ouvir até o que a criança não lhe diz.


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