Em reta final de ano, temos por hábito fazer balanços, olhar para o ano que passou e colocá-lo em perspetiva.
Este é o momento em que muitos de nós percebem que evoluíram, que cresceram e alcançaram conquistas. Mas, também é o momento em que muitos de nós percebemos que, de novo, mais um ano passou e parecemos continuar no mesmo lugar, como que estagnados e parados para a vida. Assim, o final de ano traz - mais vezes do que todos desejaríamos - um sentimento agridoce, entre os objetivos que não cumprimos e a expectativa de que "para o ano é que vai ser!”.
A verdade é que podemos utilizar qualquer altura do ano para fazermos balanços e para recomeçarmos. No entanto, quase todos o fazemos - invariavelmente - na passagem de ano.
Gostamos de ciclos e a passagem de ano é o encerramento de um ciclo e o início de outro ciclo, facilita os balanços e o olhar em frente, de forma a, percebermos em que sentido queremos ir. Por outro lado, somos seres altamente relacionais e gostamos de nos sentir integrados e a agir em grupo, na passagem de ano sentimos que estamos todos a rumar no mesmo sentido, estamos todos a traçar sonhos e a estabelecer objetivos para o futuro, o que nos dá a urgência interna de - mesmo que não queiramos - de o fazer também, de não perdermos a maré em que todos estão envolvidos.
Ora e se gostamos desta ideia bonita que estamos todos a sonhar em conjunto, já não gostamos tanto quando finalmente entra Janeiro e no correr das primeiras semanas os objetivos começam a ficar por cumprir, os sonhos começam a ser apenas isso sonhos e deixamos de lutar para os realizar.
Assim, é frequente para muitos de nós, passarmos a primeira parte do ano a adiar a concretização dos sonhos e a passar a segunda parte do ano a pensar “para o ano é que vai ser”.
Este ano desafiamo-lo a fazer diferente, a escolher poucas resoluções de ano novo, mas a comprometer-se com todas aquelas que escolher e a garantir que as leva do sonho à realidade. Para isso, pegue em cada resolução de ano novo que escolheu e defina, de forma clara, quais os passos que precisa de dar para as concretizar, estabeleça pequenas metas e comprometa-se com todo o processo ao longo do ano de 2022.
Mas, mais importante que tudo, pense porque é que essas resoluções são importantes para si, porque é que tem necessidade de fazer essas mudanças no seu dia a dia? Depois de refletir, avance apenas com as resoluções para as quais tenha efetivamente vontade de fazer acontecer e entregue-lhes dedicação, energia e foco, para que, no final do próximo ano possa dizer “este ano é que foi!”.
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