Não é verdade que as férias em família sejam apenas momentos de gargalhadas, mergulhos para o mar e muito sol.
As férias em família são exigentes, implicam que, de repente, os pais passem 24 horas com as crianças, que o casal passe a viver 24 horas juntos e que todos os ritmos se alinhem e sintonizem. E se há famílias em que esta tarefa é simples, há outras para quem esta tarefa está longe de ser simples e rápida de acontecer.
Independente do desafio que implicam, as férias em família são sempre essenciais, dão aos pais o tempo que nem sempre têm durante o ano para se dedicar às crianças, para terem momentos de partilha e de comunhão com os filhos.
Mas, aquilo que acontece é que muitas vezes - sem que ninguém se aperceba - o ano letivo e de trabalho passam demasiado rápido e com muita facilidade as famílias caem na rotina e vão-se ‘desligando’, como se se se fossem tornando mais funcionais que relacionais.
E por muito que a alimentação, o vestir, o ir para a escola seja essencial, a verdade é que é a relação e a proximidade emocional que dá vida a uma família e faz com que uma família se possa chamar de família.
Assim, as férias em família são uma excelente forma de reforçar laços, de aumentar as partilhar e criar memórias extraordinárias. Mas são também um excelente reflexo da forma como ao longo de todo o ano as relações familiares foram ou não sendo alimentadas.
Por isso, as férias devem também ser um momento de balanço, os pais devem ficar mais atentos a si próprios, às suas relações e aos seus filhos, isto é, às suas potencialidades, mas também às suas fragilidades e se estão ou não alinhados com os valores que consideram essenciais.
Este balanço, permite reorientar a família no sentido de ser família e facilita o processo de que as famílias possam regressar das férias mais família, mais unidos e mais próximos.
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