Todos nós gostamos que as crianças se sintam confiantes e seguras de si próprias, pois quando uma criança está verdadeiramente segura de si, mais facilmente consegue expressar tudo aquilo que sente, definir os seus limites e ser feliz.
No entanto, quando uma criança se sente insegura dificilmente será capaz de nos dizer por palavras é, por isso, muito importante estarmos sintonizados com as crianças e atentos aos sinais que nos vão enviando mesmo sem falarem.
Neste sentido, alguns dos principais sinais que uma criança está insegura de si própria são:
1 - Incapacidade de tomar decisões e fazer escolhas - seja relativamente a coisas complexas, seja a coisas triviais do dia a dia, como por exemplo, não ser capaz de decidir que sabor de gelado escolher. A verdade é que para uma criança fazer escolhas e tomar decisões precisa de ter segurança de que é capaz de o fazer, sendo este um dos primeiros sinais de uma criança insegura.
2 - Incapacidade de entrar em conflito - saber definir os seus próprios limites, conseguir sempre que necessário entrar em conflito seja com pessoas mais próximas ou mais distantes, no sentido de se proteger e de se manter em equilíbrio é essencial. Se uma criança estiver insegura de si própria, será para ela difícil gerir a agressividade e sentir que tem o que precisa para entrar em conflito e sair vencedora dele, por isso, escolhe anular-se.
3 - Dizer ‘sim’ a tudo - quando uma criança está sempre receptiva a todas as interpelações do exterior, sem colocar questões, sem partilhar aquilo que sente ou pensa, fazendo-o numa ânsia de agradar excessivamente a quem está ao seu redor, transmite-nos indícios claros de pouca segurança interna.
4 - Comportamento desequilibrado - quer uma criança que está permanentemente em desobediência, quer uma criança que nunca parece ‘partir um prato’, está a enviar-nos sinais de que precisa de ajuda e de que a sua segurança interna está fragilizada.
5 - Não conseguir lidar com a frustração - quando uma criança está muito insegura de si própria terá muita dificuldade em aceitar as suas próprias fragilidades, erros ou frustrações. Isso acontece porque todas as frustrações e falhas, confrontam a criança com o seu sentimento de incapacidade e de insegurança, perante isso, saber lidar com uma frustração, por exemplo, torna-se uma tarefa difícil de alcançar.
Desta forma, sempre que surgem estes sinais, é essencial procurarmos chegar ao coração da criança, tentarmos compreender tudo aquilo que ela está a sentir, olhando para os comportamentos dela e para estes sinais como um pedido de ajuda, só assim, poderemos reagir de forma adaptada ao que ela precisa e, no sentido, de a ajudar a encontrar forma para ver as suas próprias potencialidades, confiar em si própria e consolidar a sua segurança interna.
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